Partilhar é uma palavra importante no vocabulário dos meus filhos. Para o João é algo que faz naturalmente, desde que nasceu. Mesmo naquela altura em que as crianças são egocêntricas e o João ainda era filho único, partilhar fazia parte dos seus gestos. Se lhe davam um pacote de bolachas pensava logo a quem ia oferecê-las. Bastava ter duas unidades ou mais do que quer que fosse para pensar em partilhar. Ainda hoje, já quase com 9 anos é um menino super generoso.
A Sofia é diferente, muito centrada em si, ciumenta de afagos e afectos, também desde a mais tenra idade. Ao contrário do irmão, o acto de partilhar não lhe é natural. Tal como com o irmão não a forçamos a nada, mas mostramos-lhe, muitas vezes, que as outras pessoas gostam dela (nomeadamente o irmão). Assim, para a Sofia, quase com 4 anos, a partilha resulta de uma aprendizagem e, muito, de uma constante reflexão sobre a relação que tem com os outros. Foi uma surpresa agradável quando a educadora me contou que a Sofia, na escola, partilha tudo com os colegas e trouxe a palavra "partilhar" para o vocabulário dos meninos da sala das Pipocas.
Partilhar
Vem isto a propósito da atitude dos meus alunos perante a hipótese de partilhar. Para o trabalho da Páscoa pedi um pacote de amêndoas pequeno. Alguns trouxeram pacotes grandes, a maioria pacotes pequenos e dois meninos apenas algumas amêndoas. Um menino não trouxe nada. Como só amanhã acabamos o trabalho espero que ainda traga. Para o caso de não trazer, tentei guardar algumas amêndoas dos outros pacotes.
Assim, ao encher cada cestinho de cartolina deixava algumas amêndoas e perguntava: "Então e que fazemos com estas, levas para casa ou deixas cá para partilhar com os amigos?" Não referi este ou aquele amigo, sugeri que no fim juntassemos as amêndoas restantes e as comessemos. Ontem dois meninos preferiram levá-las para casa.
Esta atitude surpreendeu-me imenso, porque são dois bons alunos, sossegados e amigos de ajudar os outros. No entanto, não hesitaram em levar as amêndoas, ao que eu acedi, sem comentar. Hoje mais duas meninas quiseram levar as amêndoas e eu voltei a aceder sem comentar. Passado pouco tempo vieram devolvê-las: "Afinal, quero partilhar". No final do dia, sem grande alarido, os alunos de ontem vieram ter comigo, um de cada vez: "Eu amanhã vou trazer um pacote de amêndoas para partilhar, aquele já tinha poucas..."
Se assim for vou ter um dia doce, com 24 meninos a partilharem amêndoas...
A Sofia é diferente, muito centrada em si, ciumenta de afagos e afectos, também desde a mais tenra idade. Ao contrário do irmão, o acto de partilhar não lhe é natural. Tal como com o irmão não a forçamos a nada, mas mostramos-lhe, muitas vezes, que as outras pessoas gostam dela (nomeadamente o irmão). Assim, para a Sofia, quase com 4 anos, a partilha resulta de uma aprendizagem e, muito, de uma constante reflexão sobre a relação que tem com os outros. Foi uma surpresa agradável quando a educadora me contou que a Sofia, na escola, partilha tudo com os colegas e trouxe a palavra "partilhar" para o vocabulário dos meninos da sala das Pipocas.
Partilhar
Vem isto a propósito da atitude dos meus alunos perante a hipótese de partilhar. Para o trabalho da Páscoa pedi um pacote de amêndoas pequeno. Alguns trouxeram pacotes grandes, a maioria pacotes pequenos e dois meninos apenas algumas amêndoas. Um menino não trouxe nada. Como só amanhã acabamos o trabalho espero que ainda traga. Para o caso de não trazer, tentei guardar algumas amêndoas dos outros pacotes.
Assim, ao encher cada cestinho de cartolina deixava algumas amêndoas e perguntava: "Então e que fazemos com estas, levas para casa ou deixas cá para partilhar com os amigos?" Não referi este ou aquele amigo, sugeri que no fim juntassemos as amêndoas restantes e as comessemos. Ontem dois meninos preferiram levá-las para casa.
Esta atitude surpreendeu-me imenso, porque são dois bons alunos, sossegados e amigos de ajudar os outros. No entanto, não hesitaram em levar as amêndoas, ao que eu acedi, sem comentar. Hoje mais duas meninas quiseram levar as amêndoas e eu voltei a aceder sem comentar. Passado pouco tempo vieram devolvê-las: "Afinal, quero partilhar". No final do dia, sem grande alarido, os alunos de ontem vieram ter comigo, um de cada vez: "Eu amanhã vou trazer um pacote de amêndoas para partilhar, aquele já tinha poucas..."
Se assim for vou ter um dia doce, com 24 meninos a partilharem amêndoas...
Sem comentários:
Enviar um comentário