quinta-feira, dezembro 29, 2005
Café
Hoje fui beber um café com esta menina. Adorei a claridade das ideias a condizer com o olhar. O tempo passou a correr e deixou vontade para mais.
quarta-feira, dezembro 28, 2005
terça-feira, dezembro 27, 2005
Barrigada
Estive obsessivamente a ver Friends nas últimas 48 horas. Acabei agora. Venham as próximas sete temporadas!
terça-feira, dezembro 20, 2005
sexta-feira, dezembro 16, 2005
Interessado no Natal
O meu vizinho de baixo sempre foi muito discreto na forma como comemora o Natal. Numa rua que concorre com a Rua do Ouro no que respeita a iluminações de Natal, o meu vizinho limitava-se, tal como eu, à discreta Árvore de Natal. É verdade que a dele era colocada bem perto da varanda, para se ver da rua, mas perante o gosto psicadélico do resto da vizinhança, passava perfeitamente despercebida. Fiquei portanto muito espantada quando cheguei a casa a semana passada e me deparei com um Pai Natal a baloiçar perigosamente de uma corda iluminada, na varanda por baixo da minha.
A Sofia concluiu rapidamente que era assim que o Pai Natal chegava à nossa casa, trepando alegremente de varanda em varanda. Como não temos lareira, o exaustor não a estava a convencer muito. Eu limitei-me a comentar com ela que o vizinho estava entusiasmado com o Natal. No dia a seguir a Sofia aponta-me outro Pai Natal igual, mais à frente na rua: "Vês, Mãe? Aquele vizinho também está interessado no Natal!" e tendo em consideração a rua onde moramos, em pouco tempo concluímos que toda a rua estava muito interessada no Natal.
A Sofia concluiu rapidamente que era assim que o Pai Natal chegava à nossa casa, trepando alegremente de varanda em varanda. Como não temos lareira, o exaustor não a estava a convencer muito. Eu limitei-me a comentar com ela que o vizinho estava entusiasmado com o Natal. No dia a seguir a Sofia aponta-me outro Pai Natal igual, mais à frente na rua: "Vês, Mãe? Aquele vizinho também está interessado no Natal!" e tendo em consideração a rua onde moramos, em pouco tempo concluímos que toda a rua estava muito interessada no Natal.
sexta-feira, dezembro 09, 2005
A Maria Neura e toda a sua família...
...acompanham-me por estes dias. É o maldito Inverno do meu descontentamento que Sol algum torna glorioso Verão. Já o filho, agora que se fala nisso, não precisa de ser de York para aquecer a minha vida. O problema é que há dias em que não chega e eu não consigo aquecer/esquecer.
quinta-feira, dezembro 08, 2005
quarta-feira, dezembro 07, 2005
Cultura de Escola
Muito podia dizer sobre este assunto. Mas se calhar não é boa ideia, porque hoje estou particularmente irritada. Portanto digo que é mau quando o ambiente anda... tétrico, é mau quando o nosso trabalho não é reconhecido, mas eu sou teimosa e vou continuar a insistir. Enquanto depender de mim o ambiente vai ser bom. E pronto!
terça-feira, dezembro 06, 2005
Aventuras
Ontem chegaste com a proposta de outra aventura. Esta parece bem difícil. Pensei nela o dia inteiro e acho que sim, mais uma vez aventuramo-nos juntos. Desta vez tenho medo. Agora é só torcer para que corra bem. Não tenho a menor dúvida de que o próximo ano vai ser um ano interessante, no sentido que é dado pela velha maldição chinesa.
domingo, dezembro 04, 2005
Natal de 2003
Chorei que me fartei com este filme e saí do cinema com a alma mais leve. Hoje voltaram-se-me a encher os olhos de lágrimas... Grande filme.
quarta-feira, novembro 30, 2005
Net na Escola
Hoje, após dois meses e meio de intensos pedidos, colocaram net na minha sala. Agora não consigo parar de pensar em coisas pra fazer com aquilo. Vai ser um final de período interessante.
segunda-feira, novembro 28, 2005
Ai, os homens do cinema.
sexta-feira, novembro 25, 2005
Sem Norte, sem Sul, sem sentido...
Fico completamente desorientada quando tenho os meus filhos doentes. Especialmente quando não sei o que têm. Esta doença da Sofia tem sido particularmente complicada, com ela a ser observada por médicos que se revelam sucessivamente mais incompetentes. Não quer dizer que não tenham acertado no diagnóstico, provavelmente até acertaram, mas aborrece-me a forma como a observam e como não me dizem as coisas.
Na Quarta-feira enchi, depois de um senhor ter conseguido a proeza de observar a Sofia sem lhe tocar, dizendo-me depois que o melhor era reduzir a dose do antibiótico e parar mesmo de lho dar dois dias antes do fim.
Telefonei à pediatra da Sofia que acedeu em vê-la ontem, fez-lhe logo análises e reviu a medicação. Parece que estava tudo a ser bem feito, mas o bicho deve ser resistente ao raio do antibiótico. Agora parece estar tudo sob controlo.
O que me fez repensar a questão dos médicos. É complicado termos o médico de confiança, sempre à disposição, sem um custo exorbitante. A nossa opção tem sido ter a pediatra às 3ª feiras no consultório e sempre disponível no telemóvel. É razoavel por 3,99 €, que é o que pagamos através da ADSE. Acresce que tenho total confiança nela. Claro que esta opção deixa os restantes seis dias da semana a descoberto e nem tudo pode ser resolvido via telemóvel. Para estes dias tenho um seguro de saúde que me envia o médico a casa durante a noite. Claro que são clínicos gerais, está bom para uma gripe ou isso, mas para algo mais complicado torna-se dificil. Aí dá para ir ao Hospital Distrital da Sede de Concelho, através da linha Saúde 24, mas só quando o Centro de Saúde Cá do Sítio está fechado. Foi o que fizemos no Domingo. Nem foi mau, foi rápido e foi aí que nos passaram o bem dito antibiótico que ninguém ia adivinhar já ter resistências no bicho.
Na Quarta não tivemos tanta sorte e a Saúde 24 enviou-nos mesmo para o Centro de Saúde Cá do Sítio. Mas a Sofia tinha de ser vista e eu fui até lá. Felizmente a Pediatra dela é tão querida que acedeu a vê-la ontem, no local onde estava a trabalhar e onde não é suposto ver crianças da idade da Sofia. Provavelmente até pode arranjar problemas por isso, espero que não. É por isto que vou manter o mesmo esquema. Não é 100%, mas não me ocorre nada melhor. Se calhar arranjar um seguro de saúde que me permita ir à CUF Descobertas. Não estou a ver outra hipótese. Se tiverem ideias, digam-me.
Na Quarta-feira enchi, depois de um senhor ter conseguido a proeza de observar a Sofia sem lhe tocar, dizendo-me depois que o melhor era reduzir a dose do antibiótico e parar mesmo de lho dar dois dias antes do fim.
Telefonei à pediatra da Sofia que acedeu em vê-la ontem, fez-lhe logo análises e reviu a medicação. Parece que estava tudo a ser bem feito, mas o bicho deve ser resistente ao raio do antibiótico. Agora parece estar tudo sob controlo.
O que me fez repensar a questão dos médicos. É complicado termos o médico de confiança, sempre à disposição, sem um custo exorbitante. A nossa opção tem sido ter a pediatra às 3ª feiras no consultório e sempre disponível no telemóvel. É razoavel por 3,99 €, que é o que pagamos através da ADSE. Acresce que tenho total confiança nela. Claro que esta opção deixa os restantes seis dias da semana a descoberto e nem tudo pode ser resolvido via telemóvel. Para estes dias tenho um seguro de saúde que me envia o médico a casa durante a noite. Claro que são clínicos gerais, está bom para uma gripe ou isso, mas para algo mais complicado torna-se dificil. Aí dá para ir ao Hospital Distrital da Sede de Concelho, através da linha Saúde 24, mas só quando o Centro de Saúde Cá do Sítio está fechado. Foi o que fizemos no Domingo. Nem foi mau, foi rápido e foi aí que nos passaram o bem dito antibiótico que ninguém ia adivinhar já ter resistências no bicho.
Na Quarta não tivemos tanta sorte e a Saúde 24 enviou-nos mesmo para o Centro de Saúde Cá do Sítio. Mas a Sofia tinha de ser vista e eu fui até lá. Felizmente a Pediatra dela é tão querida que acedeu a vê-la ontem, no local onde estava a trabalhar e onde não é suposto ver crianças da idade da Sofia. Provavelmente até pode arranjar problemas por isso, espero que não. É por isto que vou manter o mesmo esquema. Não é 100%, mas não me ocorre nada melhor. Se calhar arranjar um seguro de saúde que me permita ir à CUF Descobertas. Não estou a ver outra hipótese. Se tiverem ideias, digam-me.
segunda-feira, novembro 21, 2005
Cefaleias
A Sofia continua doente. Eu fico sempre desnorteada quando tenho os meus filhotes doentes, com incertezas em relação aos diagnósticos, aos medicamentos, aos médicos... Na verdade nem me apetece escrever mais.
sábado, novembro 19, 2005
Sexta-feira
Deveria ter sido um excelente dia. Com a greve programada, estava prontinha para ter um dia descontraído e até pensei ir à manifestação. Mas o destino conspirava contra mim.
Começou logo de manhã, com o boato de que a televisão ia à escola. Como boa delegada sindical, eu teria que estar lá, toca de correr para o cabeleireiro, para ter um aspecto menos horripilante do que aquilo que é costume. Correr para a cidade do lado para ir buscar uma colega que também fazia greve e correr para a escola da Sofia, para que ela chegasse a horas.
Depois fui para a escola, descobrir que havia 5 pessoas que se tinham baldado à greve. 4 dessas pessoas, colegas no topo da carreira, a quem, se calhar, não faria tanta diferença a quebra no rendimento e que já estão a sentir na pele as medidas da ministra. Masoquistas.
A televisão não apareceu e lá sigo eu para a nova nutricionista, de novo para a cidade do lado. Ao chegar à referida cidade, o meu carro (novinho) apitou de repente, acendeu ume luzinha no tabelier e assinalou anomalia Anti-poluição no computador de bordo.
Segui-se uma tarde de caos completo, com o meu carro a ficar de molho numa oficina com "problemas" na bomba de injecção, os meus filhotes a faltarem à natação e eu a faltar à manifestação.
Acabei por ir buscar a Sofia à escola no táxi que era suposto levar-me à empresa de aluguer de carros, que ficava, como é óbvio, no Aeroporto. Portanto eu, a minha mãe e a Sofia acabámos por enfrentar a 2ª Circular, numa sexta-feira chuvosa, às 17.30 da tarde, juntamente com um taxista açoreano que opinava entusiasticamente sobre futebol e corrupção. "Não pode haver pior!" pensei eu, enquanto via o tempo a escorregar por entre as filas de carros. Mais uma vez o destino conspirava contra mim.
A Sofia, que saiu da escola a palrar sobre o que ia fazer na natação, calou-se, de repente, quando lhe disse que não ia haver natação e fez todo o caminho calada e imóvel, até ao Aeroporto.
No regresso, enfiadas num Toyota Corolla que se veio a revelar acanhado e mesquinho de espaço, a Sofia começou a queixar-se de dores de cabeça e de vontade de vomitar. Valeu-me a minha mãe, que se mudou para o banco de trás e tirou um saco de plástico da manga, evitando a limpeza a seco dos estofos do carro de aluguer. A Sofia vomitou todo o caminho de regresso a casa, chegou com 37,2º de febre e ficou a dormir em cima da cama, sem pijama nem nada, enquanto eu ia buscar o João e comprar jantar. A minha mãe tapou-a com uma mantinha e ficou com ela.
Cheguei às 20.30h, com o jantar ainda por fazer, para descobrir que não tinhamos posto a Sofia a fazer xixi e o edredão estava encharcado, ao mesmo tempo que o telefone não parava de tocar, com a noticia da nomeação do novo executivo do Agrupamento (finalmente).
Hoje o dia amanheceu frio e chuvoso, a Sofia não tem febre nem vómitos, mas ainda se queixa de dores de cabeça, o edredon está na máquina e eu tento convecer-me que o meu carrinho novo está avariado e que ontem não foi dia 13.
Começou logo de manhã, com o boato de que a televisão ia à escola. Como boa delegada sindical, eu teria que estar lá, toca de correr para o cabeleireiro, para ter um aspecto menos horripilante do que aquilo que é costume. Correr para a cidade do lado para ir buscar uma colega que também fazia greve e correr para a escola da Sofia, para que ela chegasse a horas.
Depois fui para a escola, descobrir que havia 5 pessoas que se tinham baldado à greve. 4 dessas pessoas, colegas no topo da carreira, a quem, se calhar, não faria tanta diferença a quebra no rendimento e que já estão a sentir na pele as medidas da ministra. Masoquistas.
A televisão não apareceu e lá sigo eu para a nova nutricionista, de novo para a cidade do lado. Ao chegar à referida cidade, o meu carro (novinho) apitou de repente, acendeu ume luzinha no tabelier e assinalou anomalia Anti-poluição no computador de bordo.
Segui-se uma tarde de caos completo, com o meu carro a ficar de molho numa oficina com "problemas" na bomba de injecção, os meus filhotes a faltarem à natação e eu a faltar à manifestação.
Acabei por ir buscar a Sofia à escola no táxi que era suposto levar-me à empresa de aluguer de carros, que ficava, como é óbvio, no Aeroporto. Portanto eu, a minha mãe e a Sofia acabámos por enfrentar a 2ª Circular, numa sexta-feira chuvosa, às 17.30 da tarde, juntamente com um taxista açoreano que opinava entusiasticamente sobre futebol e corrupção. "Não pode haver pior!" pensei eu, enquanto via o tempo a escorregar por entre as filas de carros. Mais uma vez o destino conspirava contra mim.
A Sofia, que saiu da escola a palrar sobre o que ia fazer na natação, calou-se, de repente, quando lhe disse que não ia haver natação e fez todo o caminho calada e imóvel, até ao Aeroporto.
No regresso, enfiadas num Toyota Corolla que se veio a revelar acanhado e mesquinho de espaço, a Sofia começou a queixar-se de dores de cabeça e de vontade de vomitar. Valeu-me a minha mãe, que se mudou para o banco de trás e tirou um saco de plástico da manga, evitando a limpeza a seco dos estofos do carro de aluguer. A Sofia vomitou todo o caminho de regresso a casa, chegou com 37,2º de febre e ficou a dormir em cima da cama, sem pijama nem nada, enquanto eu ia buscar o João e comprar jantar. A minha mãe tapou-a com uma mantinha e ficou com ela.
Cheguei às 20.30h, com o jantar ainda por fazer, para descobrir que não tinhamos posto a Sofia a fazer xixi e o edredão estava encharcado, ao mesmo tempo que o telefone não parava de tocar, com a noticia da nomeação do novo executivo do Agrupamento (finalmente).
Hoje o dia amanheceu frio e chuvoso, a Sofia não tem febre nem vómitos, mas ainda se queixa de dores de cabeça, o edredon está na máquina e eu tento convecer-me que o meu carrinho novo está avariado e que ontem não foi dia 13.
quarta-feira, novembro 16, 2005
O João Bonzão
O meu filhote faz parte de uma nova geração de crianças que faz coisas nunca antes vistas, como "clicar" em todos os botões (nunca carrega, nem pressiona) e fazer "save" às páginas dos livros em vez de as marcar. É a geração dos meninos que sabe tudo e já viu tudo e, no entanto, é tremendamente sensivel.
Hoje, como sempre, ficou dentro do carro enquanto eu ia buscar a irmã à escola. Quando saí, passados 5 minutos, estava aflítissimo. Contou-me, com um ar muito infeliz, que, depois de eu ter entrado na escola, tinha de lá saído uma mãe com um filho "mais pequeno do que a Sofia. Ele estava a chorar imenso e quando chegou ao carro a mãe beteu-lhe muito, muito, muito."
Eu tinha visto a criança dentro da escola, a fazer uma birra tremenda porque queria acabar de ver um video e não se queria ir embora, enquanto que a mãe, com um ar visivelmente cansado e o irmão de 1 mês ao colo, o tentava arrastar dali para fora. Tentei explicar isto ao João, que a mãe devia estar cansada, que o menino estava a fazer uma birra sem razão e qua a mãe lhe devia ter batido por isto. Não devia ser novidade para ele. Eu defendo que uma palmada na hora certa resolve muita coisa e o João já levou várias.
Nessa altura o João começou a chorar. "Tu não viste mãe, não foi só uma palmada, foram mais de uma dúzia e depois agarrou nele e abanou-o."
Fiquei sem saber o que dizer. Perplexa com a enormidade da violência para com uma criança tão pequena e a sensibilidade do meu filhote, que chorava por aquele menino, que não conhecia de lado nenhum. Acabei por sair do carro, ir até ao lugar dele e abraça-lo até acalmar.
Não dei mais nenhuma explicação ao João. Não há explicações para isto. Garanti-lhe que o amava muito. Fiquei preocupada com aquela família e muito preocupada com o meu filho, com um coração demasiado grande para o mundo real.
Hoje, como sempre, ficou dentro do carro enquanto eu ia buscar a irmã à escola. Quando saí, passados 5 minutos, estava aflítissimo. Contou-me, com um ar muito infeliz, que, depois de eu ter entrado na escola, tinha de lá saído uma mãe com um filho "mais pequeno do que a Sofia. Ele estava a chorar imenso e quando chegou ao carro a mãe beteu-lhe muito, muito, muito."
Eu tinha visto a criança dentro da escola, a fazer uma birra tremenda porque queria acabar de ver um video e não se queria ir embora, enquanto que a mãe, com um ar visivelmente cansado e o irmão de 1 mês ao colo, o tentava arrastar dali para fora. Tentei explicar isto ao João, que a mãe devia estar cansada, que o menino estava a fazer uma birra sem razão e qua a mãe lhe devia ter batido por isto. Não devia ser novidade para ele. Eu defendo que uma palmada na hora certa resolve muita coisa e o João já levou várias.
Nessa altura o João começou a chorar. "Tu não viste mãe, não foi só uma palmada, foram mais de uma dúzia e depois agarrou nele e abanou-o."
Fiquei sem saber o que dizer. Perplexa com a enormidade da violência para com uma criança tão pequena e a sensibilidade do meu filhote, que chorava por aquele menino, que não conhecia de lado nenhum. Acabei por sair do carro, ir até ao lugar dele e abraça-lo até acalmar.
Não dei mais nenhuma explicação ao João. Não há explicações para isto. Garanti-lhe que o amava muito. Fiquei preocupada com aquela família e muito preocupada com o meu filho, com um coração demasiado grande para o mundo real.
segunda-feira, novembro 14, 2005
Correu Bem
Veio toda feliz, a dizer que todos lhe tinham pedido os óculos emprestados. Mas o que mais me marcou foi a frase dela no carro:
- Mãe, a final o Mundo é enorme! Vejo tudo, até lá ao fundo!
E é assim que uns óculos vermelhos aumentam o tamanho do Universo.
- Mãe, a final o Mundo é enorme! Vejo tudo, até lá ao fundo!
E é assim que uns óculos vermelhos aumentam o tamanho do Universo.
domingo, novembro 13, 2005
Ver com ajuda
Comprei os meus primeiros óculos com 5 anos. Muito cedo. Usei óculos quase toda a minha vida. Nesta altura estou mais do que habituada. De tal maneira que da unica vez que experimentei lentes de contacto tive que ir a correr comprar uns óculos de sol sem graduação. Não conseguia andar na rua sem óculos. Sentia-me desprotegida.
Quando fui mãe fartei-me de testar a visão dos meus filhos. O João via aparentemente bem. Aos 6 anos descobrimos que não era bem assim. Tem hipermetropia, mas é uma coisa minima e é muito provavel que passe com o crescimento. Nem conseguimos que use os óculos que lhe comprámos, está sempre a deixá-los por tudo quanto é sitio. A verdade é que não precisa deles.
Com a Sofia a situação é bem diferente. Muito cedo percebi que não via bem. Tinha dificuldade em identificar as pessoas ao longe e via televisão sempre muito próximo. Quando ela tinha dois anos falei com um amigo oftalmologistaque me recomendou que esperasse. Diz ele que quanto mais tarde mais exacto é o diagnóstico e desde que não parecesse prejudicar o quotidiano... O mês passado a educadora queixou-se de que a Sofia trabalhava sempre com o nariz em cima do monitor do computador e a cara em cima dos desenhos.
Para resumir, que isto já vai longo, os óculos chegaram ontem. É hipermetropia e astigmatismo e numa quantidade significativa. Para já, seguem-se 3 meses sem tirar os óculos. Ou como diz a Sofia, tira-se para a natação, para tomar banho e para dormir.
Amanhã estreia-se com os óculos na escola. Um ano mais cedo do que o que me aconteceu a mim. Está feliz da vida, a achar-se uma princesa. Espero que os outros também a achem. Espero que já não existam caixas-de-óculos no mundo.
Quando fui mãe fartei-me de testar a visão dos meus filhos. O João via aparentemente bem. Aos 6 anos descobrimos que não era bem assim. Tem hipermetropia, mas é uma coisa minima e é muito provavel que passe com o crescimento. Nem conseguimos que use os óculos que lhe comprámos, está sempre a deixá-los por tudo quanto é sitio. A verdade é que não precisa deles.
Com a Sofia a situação é bem diferente. Muito cedo percebi que não via bem. Tinha dificuldade em identificar as pessoas ao longe e via televisão sempre muito próximo. Quando ela tinha dois anos falei com um amigo oftalmologistaque me recomendou que esperasse. Diz ele que quanto mais tarde mais exacto é o diagnóstico e desde que não parecesse prejudicar o quotidiano... O mês passado a educadora queixou-se de que a Sofia trabalhava sempre com o nariz em cima do monitor do computador e a cara em cima dos desenhos.
Para resumir, que isto já vai longo, os óculos chegaram ontem. É hipermetropia e astigmatismo e numa quantidade significativa. Para já, seguem-se 3 meses sem tirar os óculos. Ou como diz a Sofia, tira-se para a natação, para tomar banho e para dormir.
Amanhã estreia-se com os óculos na escola. Um ano mais cedo do que o que me aconteceu a mim. Está feliz da vida, a achar-se uma princesa. Espero que os outros também a achem. Espero que já não existam caixas-de-óculos no mundo.
quarta-feira, novembro 09, 2005
Desnetada
Pois estou mais ou menos sem net. O pc principal está a arranjar e no portátil é tudo muito pouco prático a começar pelo bendito e-mail, do qual nem sequer sei a password. Suponho que o JP saberá, mas com o recomeço das aulas em força vejo-o cerca de 20 minutos por dia. O Inverno está a chegar demasiado depressa.
terça-feira, novembro 01, 2005
Bonecas Russas
Ontem fui ver este filme e adorei. saí do cinema muito bem dispostas e contente com a minha sorte. A pensar que há mais gente que vê o mundo como eu. E que ainda se conseguem fazer comédias sem sabor a parvo.
domingo, outubro 30, 2005
Este Natal Quero Amigos
Baseada na maravilhosa ideia da Sofia, gostaria de pedir isto:
ao Pai Natal. E já agora também este:
Se considerarmos que existem 10 não estou a pedir muito, pois não?
Também gostaria que alguém me explicasse que raios vejo eu nesta novela para gostar tanto dela...
Existe uma relação
Directa entre a Internet e a frequência com que eu deixo queimar a comida. Hoje foram as almondegas. Ora Bolas!
sexta-feira, outubro 28, 2005
Bad bad Mail
Porque raios não funciona o endereço de e-mail que criei para os meus alunos?
Como é que agora lhes vou dizer que ninguém respondeu à nossa carta? Raios!
Como é que agora lhes vou dizer que ninguém respondeu à nossa carta? Raios!
quinta-feira, outubro 27, 2005
segunda-feira, outubro 24, 2005
quinta-feira, outubro 20, 2005
Viva o café
O ambiente da sala de professores da minha escola mudou radicalmente. De 3 gatos pingados que diziam mal de tudo e de todos, passou a uma dúzia de adultos bem dispostos que conversam sobre tudo e trocam piadas. E tudo graças à instalação de uma máquina de café. Sabe tão bem aquele café a meio da manhã!
terça-feira, outubro 18, 2005
A Culpa
Hoje participei numa sessão de "empurra a culpa" de meter medo. Tudo porque os pais de uma criancinha estão dispostos a culpar tudo e mais alguma coisa das dificuldades do filho. Já responsabilizar a dita criancinha, que era o que fazia falta, não é com eles.
segunda-feira, outubro 17, 2005
Quero calor
O Outono chegou com um vento gelado e húmido que nos gela a alma. Ou então foi o Orçamento de Estado que fez isso. O facto é que me apetece enroscar num cobertor e beber um chazinho quente...
sexta-feira, outubro 14, 2005
Dia de molho
Depois de uma noite cansativa, entre vómitos e achaques, um dia de molho que permitiu recuperar energias e estreitar laços. Agora estamos as duas melhores.
quinta-feira, outubro 13, 2005
Cicuta volta, estás perdoada!
Na Grécia Antiga havia o nobre costume de fazer os Sócrates tomarem cicuta por corromperem a juventude. Ora o que se está a fazer ao nosso sistema de ensino resultará, forçosamente, em corrupção da juventude. Portanto, recupere-se o sistema. Tenho dito.
Memórias de um Beijo
Lembras-me uma marcha de Lisboa
Num desfile singular,
Quem disse
Que há horas e momentos p'ra se amar
Lembras-me uma enchente de maré
Com uma calma matinal
Quem foi
Quem disse
Que o mar dos olhos também sabe a sal
As memórias são
Como livros escondidos no pó
As lembranças são
Os sorrisos que queremos rever, devagar
Queria viver tudo numa noite
sem perder a procurar
O tempo ou o espaço
Que é indiferente p'ra poder sonhar
Quem foi que provocou vontades
e atiçou as tempestades
e amarrou o barco ao cais
Quem foi que matou o desejo
E arrancou o lábio ao beijo
E amainou os vendavais
Trovante
Num desfile singular,
Quem disse
Que há horas e momentos p'ra se amar
Lembras-me uma enchente de maré
Com uma calma matinal
Quem foi
Quem disse
Que o mar dos olhos também sabe a sal
As memórias são
Como livros escondidos no pó
As lembranças são
Os sorrisos que queremos rever, devagar
Queria viver tudo numa noite
sem perder a procurar
O tempo ou o espaço
Que é indiferente p'ra poder sonhar
Quem foi que provocou vontades
e atiçou as tempestades
e amarrou o barco ao cais
Quem foi que matou o desejo
E arrancou o lábio ao beijo
E amainou os vendavais
Trovante
segunda-feira, outubro 10, 2005
A vida não é...
Hoje estou com Mafalda Veiga em Background:
"a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração"
"a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração"
Não quero estes resultados das eleições
O país anda de olhos fechados. Continuamos a comportarmo-nos como um enorme rebanho.
Béééé.
Béééé.
quinta-feira, outubro 06, 2005
Um beijo
You're an Passionate Kisser |
For you, kissing is about all about following your urges If someone's hot, you'll go in for the kiss - end of story You can keep any relationship hot with your steamy kisses A total spark plug - your kisses are bound to get you in trouble |
terça-feira, outubro 04, 2005
Quando eu ser...
"Mãe, quando eu ser mãe e os meus filhos estiverem a jantar eu não obrigo a comer. Mãe, eu só gosto dos cugamelos... Não quero comer aquelas coisinhas cor-de-rosa."
domingo, outubro 02, 2005
Domingo
E uma neura enorme. Agora que já tenho carro novo deveria estar contente. Pois... Pareço estar constantemente a ouvir Humanos como música ambiente: muda de vida...
terça-feira, setembro 27, 2005
Antes do PCT...
Que não é um partido político, mas sim a Porcaria do Cretino do Trabalho que fazemos todos os anos por esta altura e que só serve para passar ao papel as práticas lectivas de sempre e por conseguinte dar-nos mais trabalho (tudo sem vírgulas para ser lido de um só fôlego). Antes disso, dizia eu, queria dizer-vos que, a pedido dos meus amáveis leitores (que até existem e obrigada por isso), o escolhido foi este. Em cinzento, que o vermelho era mais caro.
segunda-feira, setembro 19, 2005
sábado, setembro 17, 2005
sexta-feira, setembro 16, 2005
Começou hoje
Com três pessoas a arrombarem a porta do gabinete das auxiliares. Não me parece bom augúrio na inauguração da escolinha. A verdade é que as chaves das salas todas estavam trancadas lá dentro e teve mesmo que ser. Esperemos que seja um ano de arromba.
segunda-feira, setembro 12, 2005
Dream Team
Após a distribuição das turmas, horários e cargos verifico que tenho quem queria no Grupo e no Pedagógico. O ano parece-me estar a começar melhor.
Ir trabalhar
Não me apetece nada ir trabalhar amanhã. Vai haver distribuição de turmas e horários e o pessoal vai andar à cacetada. Ou não. Também posso estar enganada. Era bem bom que estivesse. De qualquer modo o sono não vem...
domingo, setembro 11, 2005
João Pedro Vasconcellos
É uma amigo que escreve muitissimo bem, embora, de vez em quando, a temática não me agrade muito. Faz parte das minhas leituras inconfessáveis. Já estava com saudades. Beijinhos para ele.
quinta-feira, setembro 08, 2005
Estamos Bem
Felizmente estamos bem. O mesmo não se pode dizer do meu carro, que ficou completamente estraçalhado. Portanto não nos magoamos, mas ficámos sem carro. Isto há dias...
quarta-feira, setembro 07, 2005
Este é para ti, amiga.
Já nasceu o teu Bebé que não dava jeito nenhum. Trouxe uma enorme felicidade e já começou a fazer bem a uma série de gente. Como sempre e como te disse ontem os teus bebés são sempre um bocadinho meus. Eu também estou encantada por ter mais um bebé na família e por te ter visto ontem linda, radiosa e realmente feliz. Já estou há alguns meses convencida que esta criança é especial e que veio expressamente para fazer bem e ontem vi isso acontecer com toda a gente com que falei e até com algumas pessoas com que não falei. Agora é só esperar que tudo se encaixe...
domingo, setembro 04, 2005
terça-feira, agosto 30, 2005
Regresso às Aulas
Pois é, hoje que me apresento na E.B.1 Cá do Sítio, onde voltei a ficar colocada. Acordei muito cedo, já com a cabeça cheia de planos e estratégias e desejante que me atribuam uma sala para começar a arrajar de acordo com o que imaginei. E portanto estou aqui, a fazer tempo para que abra a secretaria. A falta que estas duas horas de sono me vão fazer o resto do ano!
sexta-feira, agosto 26, 2005
Partir
Vou-me hoje embora da odiada vilazinha, depois daquelas que serão, possivelmente, as últimas férias na casa onde os meus pais viveram quase 30 anos. É uma casa grande, com um enorme terreno à volta, com relva e árvores de fruta. No Inverno é fria e húmida e costumo ficar doente só de cá dormir. No Verão é fresca, agradável e com muito espaço para as crianças correrem.
Agora vai ser vendida, por ser muito grande e muito cheia de recordações felizes de dias que não voltam, quando era habitada por um homem grande, de olhos quentes e sorriso fácil. Não vou sentir saudades da casa como ela é agora, mas vou sentir saudades da casa como foi, quando nos sentávamos na cama dos meus pais ao Sábado de manhã a ouvir o Pão com Manteiga. Ou quando nos reuniamos à volta da enorme mesa da casa de jantar, a festejar alguma coisa (muitas vezes o simples facto de estarmos juntos) e a comer a inevitável Sapateira à Moda do Pai e as benditas gambas, que a minha Mãe já não podia ver à frente.
De certa forma, o Verão passado teve mais sabor a último.
quarta-feira, agosto 24, 2005
As Férias da Empregada
A verdade é que não temos dinheiro para ir para o belo do Hotel. Ainda assim, as nossas férias a quatro foram muito agradáveis, no Sul, sem passar nem lavar roupa e apenas a loiça do pequeno-almoço para lavar, graças ao alto patrocínio da minha Mamã.
Mas acabaram e o Jp teve que voltar para o trabalho. Eu, como é sabido, desloquei-me à odiada vilazinha para dar mais férias aos pimpolhos. E eis-me perante a vida atarefada de empregada doméstica. É a roupa, é a loiça, o almoço, o jantar, o chão, o pó e o raio que o parta. Sendo o Jp o homem fabuloso que é, sempre que está, ajuda imenso. Mas, claro, ele está o dia todo a trabalhar!
E aqui estou eu, sem dinheiro para férias de hotel porque faço gato-sapato para ter empregada o ano todo, passo o ano a trabalhar e ainda substituo a empregada nas férias.
Eu sei que é falar de barriga cheia, que há quem não tenha empregada durante o ano e também não tenha dinheiro para as férias de hotel. Mas, curiosamente, a infelicidade dos outros não me faz sentir melhor. E agora vou beber um café, que já lavei e estendi roupa que chegue.
Mas acabaram e o Jp teve que voltar para o trabalho. Eu, como é sabido, desloquei-me à odiada vilazinha para dar mais férias aos pimpolhos. E eis-me perante a vida atarefada de empregada doméstica. É a roupa, é a loiça, o almoço, o jantar, o chão, o pó e o raio que o parta. Sendo o Jp o homem fabuloso que é, sempre que está, ajuda imenso. Mas, claro, ele está o dia todo a trabalhar!
E aqui estou eu, sem dinheiro para férias de hotel porque faço gato-sapato para ter empregada o ano todo, passo o ano a trabalhar e ainda substituo a empregada nas férias.
Eu sei que é falar de barriga cheia, que há quem não tenha empregada durante o ano e também não tenha dinheiro para as férias de hotel. Mas, curiosamente, a infelicidade dos outros não me faz sentir melhor. E agora vou beber um café, que já lavei e estendi roupa que chegue.
sábado, agosto 20, 2005
Baby Boy!
quarta-feira, agosto 17, 2005
O meu Tio
Quando eu era pequena estava convencida que o meu Tio conseguia dormir em pé. Para dizer a verdade, acreditava que ele estava sempre a dormir. Só no início da adolescência percebi que aquele ar adormecido se devia a uma combinação de palpebras descaídas e uma calma inabalável. Uma calma maior que o mundo, que acabava por gerar um ambiente calmo à sua volta.
O meu Tio foi operado ao coração duas vezes nos últimos quinze dias e está, com a calma possível, a lutar valentemente pela vida. Força Tio!
O meu Tio foi operado ao coração duas vezes nos últimos quinze dias e está, com a calma possível, a lutar valentemente pela vida. Força Tio!
domingo, agosto 14, 2005
Cheguei
Consegui, finalmente, arrastar-me até à odiada vilazinha. Consegui também ligar-me à net com o meu caderno novo. E consegui escrever isto. Três sucessos num dia. Fantástico.
sábado, agosto 13, 2005
quinta-feira, agosto 11, 2005
Cigarras
O calor aperta lá fora e o ar parado da Pseudo-cidade vibra com o canto das cigarras. A inércia instala-se. Eu sei que tenho que sair daqui, mas não consigo. A ideia de partir para a odiada Vilazinha mantem-me presa ao sofá, à cadeira, à cama. Tenho que engomar a roupa e fazer as malas. Devia partir hoje, mas já sei que não vou. Amanhã.
terça-feira, agosto 09, 2005
Regresso
Pronto, não é um regresso definitivo. Conto ir ainda esta semana para a vilazinha à beira-mar plantada, dar mais praia aos rebentos. Isto é, claramente, heróico da minha parte, uma vez que detesto a praia e a dita vilazinha.
A semana a Sul soube lindamente, voltámos todos tostados e descansados. A Sofia perdeu o medo da água e só quer piscina. E o João voltou muito mais velho, depois de ter aprendido a nadar e a andar de bicicleta.
Ver�o 2005
Tal como todas as proezas físicas, andar de bicicleta foi muito difícil para ele. Acabou por conseguir ao fim de três dias de quedas constantes, todo arranhado, com alguns hematomas e a bicicleta nova toda torta. Mas nunca desistiu. Nadar também não foi fácil, mas o meu filho é um grande herói e não desiste.
Conquista
Agora tem o resto do Verão para praticar, o que torna ainda mais importante a ida para a detestada vilazinha. E, mais uma vez, vou sem querer.
A semana a Sul soube lindamente, voltámos todos tostados e descansados. A Sofia perdeu o medo da água e só quer piscina. E o João voltou muito mais velho, depois de ter aprendido a nadar e a andar de bicicleta.
Ver�o 2005
Tal como todas as proezas físicas, andar de bicicleta foi muito difícil para ele. Acabou por conseguir ao fim de três dias de quedas constantes, todo arranhado, com alguns hematomas e a bicicleta nova toda torta. Mas nunca desistiu. Nadar também não foi fácil, mas o meu filho é um grande herói e não desiste.
Conquista
Agora tem o resto do Verão para praticar, o que torna ainda mais importante a ida para a detestada vilazinha. E, mais uma vez, vou sem querer.
domingo, julho 31, 2005
Para Sul
Daqui a pouquinho, vamos encher o carro de malas e almofadas e rumar a Sul. 7 Dias. Depois voltamos, tostados e com o sabor a sal no fundo da boca. Descansados.
quarta-feira, julho 27, 2005
Teenager
terça-feira, julho 26, 2005
Férias
Após semanas em que o trabalho se arrastava, com pontas penduradas, sem nunca estar pronto, estou finalmente dispensada. Este foi, provavelmente, o ano mais difícil da minha vida. Espero que isto signifique o começo de um bom período. Quanto mais não seja por comparação. Espero, também, que o tempo passe depressa e arraste as suadades e diminua a dor.
De uma coisa estou certa, nada já será igual. A vida não continua, reinventa-se.
De uma coisa estou certa, nada já será igual. A vida não continua, reinventa-se.
segunda-feira, julho 25, 2005
Poliglota
O meu filhote adora o Doraemon e a primeira vez que o levámos a Espanha ficámos surpreendidos ao ver que ele falava espanhol, com grande à-vontade. Passados dois aonos, ao voltarmos a Espanha, o João ia convencido que sabia falar espanhol. Na primeira estação de serviço perguntou à avó como é que se dizia "casa de banho" em espanhol. A avó respondeu-lhe "lavabos" e o João dirigiu-se ao empregado da bomba com a brilhante pergunta: "Where is the lavabos?"
Isto marcou o tom para toda a viagem, sendo que o meu filhote perdeu a capacidade de falar espanhol em prol do inglês. Moral da história: Televisão a mais!
Sevilha 2005
Isto marcou o tom para toda a viagem, sendo que o meu filhote perdeu a capacidade de falar espanhol em prol do inglês. Moral da história: Televisão a mais!
Sevilha 2005
sexta-feira, julho 15, 2005
Saudade
Pois é, aqui ando eu enfiada no calor da Pseudo-cidade enquanto os meus filhotes se deliciam na praia e as saudades apertam. Apesar de os saber felizes e bem cuidados é muito complicado gerir esta saudade. E todas as teorias se vão por água abaixo quando nos faltam dois pedaços.
terça-feira, julho 12, 2005
Azar nos Concursos
É o que eu e a minha mana temos. Desde ontem que tentamos desesperadamente concorrer à afectação às escolas e não conseguimos. Com o tempo a esgotar-se começo a ficar preocupada. Por que raios não fasearam isto?
sexta-feira, julho 01, 2005
Os meus meninos brilhantes
Este post é dedicado às crianças da família que frequentam o ensino obrigatório e que tiveram resultados muito bons. Embora os rapazes se tenham saído muito bem, são demasiado irrequietos para terem resultados perfeitos. O mesmo não se passa com a menina, que passou para o 6ª Ano com 5 a tudo. Parabéns para todos. Boa, Filipa!
quarta-feira, junho 29, 2005
A Felicidade é uma Grandeza Instantânea
E não me refiro no sentido dos pudins. Quero com isto dizer que nunca somos absolutamente felizes, somos relativamente felizes. Temos momentos em que somos felizes e momentos em que não somos felizes. Nos momentos em que somos felizes podemos considerar a felicidade como positiva e nos momentos em que não o somos como negativa. Assim, o importante é que existam mais momentos felizes do que infelizes, para que a nossa Felicidade Média seja positiva.
Somos felizes se os momentos bons forem mais do que os maus. Simples, não é?
Parece! A verdade é que há quem não saiba ser feliz. Há quem não reconheça os momentos felizes, há quem não os valorize e há quem se convença que a Felicidade é absoluta e que se não se for sempre feliz é porque se é infeliz.
Eu sei que isto é filosofia barata, mas hoje estou muito irritada, precisamente porque há quem não queira ser feliz.
Bolas!
Somos felizes se os momentos bons forem mais do que os maus. Simples, não é?
Parece! A verdade é que há quem não saiba ser feliz. Há quem não reconheça os momentos felizes, há quem não os valorize e há quem se convença que a Felicidade é absoluta e que se não se for sempre feliz é porque se é infeliz.
Eu sei que isto é filosofia barata, mas hoje estou muito irritada, precisamente porque há quem não queira ser feliz.
Bolas!
quinta-feira, junho 23, 2005
Balança
Parece que aquela balança estava avariada. De facto não concordava com a cá de casa. Mas estava avariada no bom sentido. Hoje trocaram-na. Pimba! Mais 5 quilos em cima. Agora concorda...
quarta-feira, junho 22, 2005
Confusões
Este ano dei aulas todo o ano no edifício da Escola Secundária Cá do Sítio, uma vez que a nossa escolinha estava em obras. Na Páscoa descobriram que, devido aos exames do 12º Ano a Escola Secundária Cá do Sítio nos ia colocar no olho da rua. Assim sendo, e depois de meuita discussão, concluiram os manda-chuva que não podíamos acabar as aulas uma semana mais cedo e íamos para a E.B. 2,3 Cá do Sítio.
Assim foi feito e na sexta-feira passada mudámo-nos. Ficou desde logo entendido que Segunda e hoje não haveria aulas, devido aos exames do 9º Ano. Expliquei também aos meus alunos que Terça faria greve.
Só que Segunda-feira os poderes grandes da DREL entenderam que o 1º ciclo tinha que ter aulas. A nossa presidente bateu o pé e disse que Segunda já não era possivel e que queria uma ordem escrita para haver aulas hoje. Ontem voltou a pedir uma ordem escrita que não lhe enviaram. Hoje houve aulas e exames ao mesmo tempo e a ordem escrita para NÃO HAVER aulas chegou eram 10.00 da manhã. Amanhã também há exames e, em principio não haverá aulas, mas ninguém disse nada ao senhor da portaria, que, à hora do almoço, informava alegremente os alunos da existência de aulas.
Porque é que não acabámos uma semana mais cedo?
Assim foi feito e na sexta-feira passada mudámo-nos. Ficou desde logo entendido que Segunda e hoje não haveria aulas, devido aos exames do 9º Ano. Expliquei também aos meus alunos que Terça faria greve.
Só que Segunda-feira os poderes grandes da DREL entenderam que o 1º ciclo tinha que ter aulas. A nossa presidente bateu o pé e disse que Segunda já não era possivel e que queria uma ordem escrita para haver aulas hoje. Ontem voltou a pedir uma ordem escrita que não lhe enviaram. Hoje houve aulas e exames ao mesmo tempo e a ordem escrita para NÃO HAVER aulas chegou eram 10.00 da manhã. Amanhã também há exames e, em principio não haverá aulas, mas ninguém disse nada ao senhor da portaria, que, à hora do almoço, informava alegremente os alunos da existência de aulas.
Porque é que não acabámos uma semana mais cedo?
segunda-feira, junho 20, 2005
Tenho imenso para dizer
Sobre a greve, sobre o tempo, sobre o amor, sobre o espectáculo que os meus filhos são, sobre os amigos verdadeiros e fiéis, sobre os sobrinhos lindos. E no entanto, continuo a não querer escrever.
domingo, junho 19, 2005
20 alunos e uma sala decente
Passei um fim de semana muito bom. Descansei bastante e estou muito bem disposta. E isto tudo porque Sexta feira consegui trabalhar bem, manifestar-me melhor e ainda ir ao cinema. Na verdade a solução de todos os meus problemas foi uma manhã fabulosa em que estive numa sala com espaço adequado e só com 20 alunos. Porque é que não pode ser sempre assim?
quinta-feira, junho 09, 2005
Apreciar os livros
Foi sempre algo de que eu me gabei. Mas já não gabo mais.
Esta insistência do Ministério para que o pessoal "aprecie" todos os manuais é complicada. Na verdade poucos ficarão bem apreciados. Mas eu até nem me importava com isso. O que realmente me importa é que há um coitado que tem que digitar o raio das apreciações todas. De todas as áreas disciplinares. De todo o agrupamento. E, pior do que isso tudo: este ano fui eu!
Esta insistência do Ministério para que o pessoal "aprecie" todos os manuais é complicada. Na verdade poucos ficarão bem apreciados. Mas eu até nem me importava com isso. O que realmente me importa é que há um coitado que tem que digitar o raio das apreciações todas. De todas as áreas disciplinares. De todo o agrupamento. E, pior do que isso tudo: este ano fui eu!
segunda-feira, junho 06, 2005
sexta-feira, junho 03, 2005
Não quero...
...estar em casa esta noite. Nem a próxima. Num fim de semana cheio sinto as noites vazias. Bolas!
terça-feira, maio 31, 2005
sábado, maio 28, 2005
Voltas
Lá fomos de passeio a Alcobaça visitar o Mosteiro.
O João adorou e descreveu, entusiasticamente, a aventura à professora. Não se lembrava era do nome do sítio, mas pela descrição a professora chegou lá. Pelos movimentos dele durante a visita, estou espantada por não ter dito que tinha visitado Hogwarts.
A Sofia também gostou imenso e diz que visitou uma casa de férias. Já o meu sobrinho Miguel conta, a quem quiser ouvir, que foi a um sítio cheio de mortos.
Suponho que cada um refere o que o marcou mais. No meu caso terá de ser a francesinha que almocei, arruinando completamente a dieta. Temo Quinta-feira!
Ontem fui ver este filme, que adorei, apesar do final estranho. Hoje vou dar mais uma volta, desta vez à feira do livro.
Mesmo com tantas borgas, o clima continua cinzento...
O João adorou e descreveu, entusiasticamente, a aventura à professora. Não se lembrava era do nome do sítio, mas pela descrição a professora chegou lá. Pelos movimentos dele durante a visita, estou espantada por não ter dito que tinha visitado Hogwarts.
A Sofia também gostou imenso e diz que visitou uma casa de férias. Já o meu sobrinho Miguel conta, a quem quiser ouvir, que foi a um sítio cheio de mortos.
Suponho que cada um refere o que o marcou mais. No meu caso terá de ser a francesinha que almocei, arruinando completamente a dieta. Temo Quinta-feira!
Ontem fui ver este filme, que adorei, apesar do final estranho. Hoje vou dar mais uma volta, desta vez à feira do livro.
Mesmo com tantas borgas, o clima continua cinzento...
quarta-feira, maio 25, 2005
Trabalho
Ando completamente atolada de trabalho. Vai saber-me lindamente o feriado. Estou a tentar tudo para ir dar uma volta, vamos ver se consigo...
quinta-feira, maio 19, 2005
Gorda
Esta semana não emagreci nada. Sei exactamente porque é que isso aconteceu:
- Em vez de dois jantares de sopa, comi duas sopas ao jantar.
- Na verdade comi quatro e duas delas tinham batata.
- Comi 8 queijos frescos em vez de 4.
- Descontrolei-me com o pão integral.
- Comi 4 tostas com paté de delicias do mar no jantar em casa da R.
- Estou com o período.
Assim, sou muito afortunada por não ter engordado. Amanhã vou a um casamento e depois faço 15 dias da mais rigorosa dieta alguma vez vista!
E paro de me sentir miserável.
- Em vez de dois jantares de sopa, comi duas sopas ao jantar.
- Na verdade comi quatro e duas delas tinham batata.
- Comi 8 queijos frescos em vez de 4.
- Descontrolei-me com o pão integral.
- Comi 4 tostas com paté de delicias do mar no jantar em casa da R.
- Estou com o período.
Assim, sou muito afortunada por não ter engordado. Amanhã vou a um casamento e depois faço 15 dias da mais rigorosa dieta alguma vez vista!
E paro de me sentir miserável.
segunda-feira, maio 16, 2005
Desabafar sabe bem
De repente já havia a proverbial luz no fundo do túnel.
Agora só me apetece encher os meus filhos de mimos. Assim, o banho vai mesmo ser de diversão, com a banheira a transbordar de espuma e o lanche passou de leite e pão com fiambre a chá de camomila, com mel e torradas com manteiga e doce, com a televisão ligada no Panda. Curiosamente o programa que está a dar é o do Tim com os padrinhos mágicos.
E sabe tão bem, de vez em quando, pensar que estamos magicamente protegidos.
Agora só me apetece encher os meus filhos de mimos. Assim, o banho vai mesmo ser de diversão, com a banheira a transbordar de espuma e o lanche passou de leite e pão com fiambre a chá de camomila, com mel e torradas com manteiga e doce, com a televisão ligada no Panda. Curiosamente o programa que está a dar é o do Tim com os padrinhos mágicos.
E sabe tão bem, de vez em quando, pensar que estamos magicamente protegidos.
Bolas!
Há quase uma semana que nada corre bem! Estou a ficar farta destas cenas infelizes. Se já é mau quando são coisas que posso alterar é ainda pior quando não posso fazer nada.
Eu sei que detesto a santa terrinha, mas há alturas em que me enerva viver longe!
Quero acreditar que não há-de ser nada e que vai ficar tudo bem, mas a verdade é que não sei se vai. A verdade é que estou completamente às escuras. Raios!
Eu sei que detesto a santa terrinha, mas há alturas em que me enerva viver longe!
Quero acreditar que não há-de ser nada e que vai ficar tudo bem, mas a verdade é que não sei se vai. A verdade é que estou completamente às escuras. Raios!
quarta-feira, maio 11, 2005
Fracasso
Ontem senti-me a falhar como mãe, hoje sinto-me um fracasso como professora. Se amanhã fracassar como mulher entro em depressão!
terça-feira, maio 10, 2005
A pior mãe
É aquela que troca a visita de estudo de um filho. Assim, em vez de dia 13, das 10 às 17, era dia 10, das 13 às 17. Eu nem pensei porque é que não era pedido almoço...
O que vale é que se a mãe é fraca, a Educadora é um espanto, arranjou uma garrafa de água e levou a criança. Não sei se no lugar dela teria feito o mesmo. Provavelmente teria, uma vez que a péssima mãe tinha pago a visita. Mas possivelmente também teria telefonado, antes de levar a criança.
A minha filha tem uma enorme sorte em ter esta Educadora, estou feliz por isso, mas muito, muito triste por falhar tantas vezes como mãe...
O que vale é que se a mãe é fraca, a Educadora é um espanto, arranjou uma garrafa de água e levou a criança. Não sei se no lugar dela teria feito o mesmo. Provavelmente teria, uma vez que a péssima mãe tinha pago a visita. Mas possivelmente também teria telefonado, antes de levar a criança.
A minha filha tem uma enorme sorte em ter esta Educadora, estou feliz por isso, mas muito, muito triste por falhar tantas vezes como mãe...
sexta-feira, maio 06, 2005
Esquizofrenia ou Dupla Personalidade
A Sofia hoje fez uma afirmação bombástica:
"-A Didi já não é imaginária!"
"-Não? Então o que é?"
"-Agora eu sou a Didi e o João é o Dudu!"
E pronto, assim passámos de esquizofrenia a dupla personalidade!
"-A Didi já não é imaginária!"
"-Não? Então o que é?"
"-Agora eu sou a Didi e o João é o Dudu!"
E pronto, assim passámos de esquizofrenia a dupla personalidade!
quinta-feira, maio 05, 2005
O Continente mente!
Pois é verdade, fui fazer compras esta tarde no Continente do Vasco da Gama e deparei-me com filas enormes nas caixas. Vi também anúncios grandes proclamando que se houvesse mais de duas pessoas à minha frente na fila abriam uma caixa nova. Depois de verificar que não havia nenhuma caixa só com duas pessoas na fila, fui pedir que me abrissem uma caixa nova. Após algum rodeio, admitiram que era mentira: em dias mais "complicados" não têm pessoal suficiente.
Claro que nesses dias é que é preciso! Não me importo nada que não abram caixas novas, mas importo-me imenso que anunciem mentiras!
Claro que nesses dias é que é preciso! Não me importo nada que não abram caixas novas, mas importo-me imenso que anunciem mentiras!
terça-feira, maio 03, 2005
Cada Doente
A Sofia estava cheia de razão e o João também acordou doente no Domingo. À semelhança da irmã a amigdalite dele parece ser viral, e ainda não tem bactérias a colonizarem-lhe a garganta. Entretanto tem que ficar sozinho em casa uma hora por dia, o que lhe custa imenso.
Hoje telefonou-me ainda acompanhado, para me dizer que a TV cabo estava em baixo e não sabia o que fazer quando ficasse sozinho. Depois telefonou-me já quando estava sozinho, para me dizer que a vizinha tinha saído de casa e perguntar o que haveria de fazer se precisasse de alguma coisa.
É complexo para o João ficar sozinho e eu sou muito culpada disso, uma vez que só agora, a caminho dos 9 anos, o deixei sozinho pela primeira vez. Os constantes avisos sobre o mundo em redor deixam-no cheio de ansiedade. O que será melhor, um filho ansioso ou desprevenido? Se é certo que assim ele está menos feliz, também estou convencida que está mais seguro.
Vai ter é que aprender cedo a lidar com a ansiedade!
Hoje telefonou-me ainda acompanhado, para me dizer que a TV cabo estava em baixo e não sabia o que fazer quando ficasse sozinho. Depois telefonou-me já quando estava sozinho, para me dizer que a vizinha tinha saído de casa e perguntar o que haveria de fazer se precisasse de alguma coisa.
É complexo para o João ficar sozinho e eu sou muito culpada disso, uma vez que só agora, a caminho dos 9 anos, o deixei sozinho pela primeira vez. Os constantes avisos sobre o mundo em redor deixam-no cheio de ansiedade. O que será melhor, um filho ansioso ou desprevenido? Se é certo que assim ele está menos feliz, também estou convencida que está mais seguro.
Vai ter é que aprender cedo a lidar com a ansiedade!
sexta-feira, abril 29, 2005
Cada dia
Hoje estou com uma amigdalite parva. Acordei ontem de manhã com a garganta sensível e andei todo o dia a hydrotricine, tentando prevenir o que veio a acontecer à noite: garganta cheia de lindas colónias brancas e uma receita de antibiótico.
Os planos do fim de semana todos estragados, incluindo o Blogonique!
A única coisa com piada o dia todo foi a reacção da Sofia à ideia da mãe doente, uma vez que ainda se lembrava de estar ela doente:
"- Sabes João, cada dia cada pessoa está cada doente!"
Os planos do fim de semana todos estragados, incluindo o Blogonique!
A única coisa com piada o dia todo foi a reacção da Sofia à ideia da mãe doente, uma vez que ainda se lembrava de estar ela doente:
"- Sabes João, cada dia cada pessoa está cada doente!"
terça-feira, abril 26, 2005
domingo, abril 24, 2005
Princesa de Molho
A Sofia acordou com febre.
Lá ficaram os planos do fim de semana estragados. Especialmente para ela, que está murchinha e nem quer sair da cama. O que lhe vale é ter um irmão fantástico, que lhe lê histórias e lhe faz companhia.
Lá ficaram os planos do fim de semana estragados. Especialmente para ela, que está murchinha e nem quer sair da cama. O que lhe vale é ter um irmão fantástico, que lhe lê histórias e lhe faz companhia.
sexta-feira, abril 22, 2005
No Reino do Silêncio
Hoje o João trouxe emprestado um livro de jogos de viagens, muito engraçado, por sinal. Na longa viagem (10 minutos) entre casa e a natação foi experimentando os jogos. Gostei deste:
"-Senhores passageiros, vamos entrar no Reino do Silêncio, quem falar será penalizado com uma multa."
Seguiu-se 1 minuto de silêncio.
"-Senhores passageiros estamos a sair do Reino do Silêncio, podem aproveitar para trocar algumas palavras... Saco! Vá Sofia, agora dizes uma palavra começada pelo som co!"
"-Cocodilo!" Respondeu a Sofia toda satisfeita.
"-Senhores passageiros, vamos entrar no Reino do Silêncio, quem falar será penalizado com uma multa."
Seguiu-se 1 minuto de silêncio.
"-Senhores passageiros estamos a sair do Reino do Silêncio, podem aproveitar para trocar algumas palavras... Saco! Vá Sofia, agora dizes uma palavra começada pelo som co!"
"-Cocodilo!" Respondeu a Sofia toda satisfeita.
terça-feira, abril 19, 2005
Não Quero Este Papa
É verdade que não sou católica e portanto nem me devia importar. Mas há milhões de pessoas que o são. O mundo inteiro vai ser influênciado pelas acções deste senhor. Um fundamentalista à frente da Igreja Católica vai incentivar o fundamentalismo nas outras religiões.
Nova Idade das Trevas se abate no Planeta Terra...
Nova Idade das Trevas se abate no Planeta Terra...
Banho de Diversão
Foi o que a Sofia me comunicou que queria hoje. Como não acedi disparou nova birra.
Neste momento estamos em pleno braço de ferro. Não a vou obrigar, estou a limitar-me a dizer que ela cheira mal. Resultará?
Neste momento estamos em pleno braço de ferro. Não a vou obrigar, estou a limitar-me a dizer que ela cheira mal. Resultará?
A Bruxa Sofia
Foi escolhida para o convite da festa dos 4 anos.
Concluímos também que ficava giro se aparecesse acompanhada das suas palavras mágicas. O problema é que os meus filhotes não concordam com a reprodução das ditas palavras. Será Pamé Clá Larilá Balu, como diz o João ou Clarelá Larilá Balu, como diz a Sofia?
Concluímos também que ficava giro se aparecesse acompanhada das suas palavras mágicas. O problema é que os meus filhotes não concordam com a reprodução das ditas palavras. Será Pamé Clá Larilá Balu, como diz o João ou Clarelá Larilá Balu, como diz a Sofia?
sexta-feira, abril 15, 2005
Maximillians
No final do dia, compras de última hora para o jantar. De repente oiço uma vozinha:
"-Olha, Maximillians! Podiamos comer Maximillians. Mãe, compras Maximillians?"
Olho, curiosa, para os referidos Maximillians, tão bem pronunciados. Eram marshmellows. E não, não jantámos marshmellows, nem sempre aceito as sugestões dos pimpolhos.
"-Olha, Maximillians! Podiamos comer Maximillians. Mãe, compras Maximillians?"
Olho, curiosa, para os referidos Maximillians, tão bem pronunciados. Eram marshmellows. E não, não jantámos marshmellows, nem sempre aceito as sugestões dos pimpolhos.
quinta-feira, abril 14, 2005
Dieta
Comecei a semana passada uma dieta que me fez sentir miseravel logo no primeiro dia, em que participei num jantar de grupo para comer quase nada. Aliás tenho andado a semana inteira meio abananada com a história da dieta. Hoje é o primeiro dia em que estou realmente feliz: Ao voltar à nutricionista tinha perdido 4,8 KG. É simpático!
segunda-feira, abril 11, 2005
Ganhei!
Hoje ganhei uma guerra antiga, já com algumas batalhas. A guerra do "apanha os brinquedos do chão". Esta guerra, com batalhas de resultado variado, estava intimamente ligada ao "sou pequenina, não consigo apanhar sozinha". A batalha de hoje começou como de costume:
"-Sofia, apanha as flores de cartão que espalhaste no chão do escritório."
"-Não consigo apanhar sozinha!"
"-Então e quem te ajudou a espalhá-las?"
"-A Didi." - Erro tático.
"-Então diz à Didi que te ajude a apanhá-las!" E assim foi, em amena cavaqueira com a Didi, a Sofia apanhou as flores todas!
SINTO-ME VITORIOSA!
"-Sofia, apanha as flores de cartão que espalhaste no chão do escritório."
"-Não consigo apanhar sozinha!"
"-Então e quem te ajudou a espalhá-las?"
"-A Didi." - Erro tático.
"-Então diz à Didi que te ajude a apanhá-las!" E assim foi, em amena cavaqueira com a Didi, a Sofia apanhou as flores todas!
SINTO-ME VITORIOSA!
Socorro, a minha filha é uma Bruxa!
Aconteceu há dias. Depois de um dia movimentado, sem um minuto para respirar, chego finalmente a casa. Enfio na cozinha, a ultimar o jantar previamente preparado, enquanto os docinhos vão ver televisão. Encaminhada a janta, dirijo-me à casa de banho para dar banho à Sofia e vou chamando pelo caminho. A resposta não tarda:
"-Primeiro o João!"
"-O João tomou banho no fim da aula de natação, hoje és só tu. Despacha-te!"
Entra na casa de banho lavada em lágrimas. Assustei-me:
"-Magoaste-te?"
"-Não quero tomar banho!" - E foge da casa de banho. Mas foge mesmo, a correr. Já sem paciência para birras, vou buscá-la ao quarto e trago-a ao colo. Pelo caminho berra como se a estivessem a esfolar viva:
"-AAAAIIIIIIIIIIIIIIII! AAAAAIIIIIIII! NÂÂÂÂOOOOOO!"
Já a ver-me acusada pelos vizinhos de maltratar os meus filhos, começo a despi-la:
"Eu não sou mais a tua amiga mas tu és a minha amigggaaaaaaaaa!" - Mesmo em situação de crise convém garantir o amor da mãe.
A birra continua com ar de apelo desesperado:
"-Paaaaaiiiiiiii, quero o meu Paaaaaaaiiiii!!!" - O Pai a essa hora estava sossegadinho nas aulas, não sonhando sequer o que se passava."-Ninguém gosta de mim, só o meu paaaapaaaaaaiiiiiii!!!"
Já na banheira, o drama comtinua:"-Não quero lavar a cabeçaaaaaa!" E ao sentir a água no cabelo, de novo o grito de quem é esfolado: "AAAAIIIIIII! AAAIII!"
Na primeira birra preocupei-me, pensei que estaria doente ou algo assim. Mas a minha política sempre foi, quem faz birras nunca ganha, e ultimamente tenho tendência para as ignorar. Assim sendo, terminado o banho a birra desaparece, como por magia.
Ao jantar, com os ânimos mais calmos, perguntei a razão para tamanha birra, de alguém que até gosta de tomar banho. Parece que o dito banho interrompeu um episódio da Do-re-mi. Assim, tenho a declarar que a minha filha não é só uma Bruxa que faz aparecer e desaparecer birras por magia, ela é esta Bruxa:
"-Primeiro o João!"
"-O João tomou banho no fim da aula de natação, hoje és só tu. Despacha-te!"
Entra na casa de banho lavada em lágrimas. Assustei-me:
"-Magoaste-te?"
"-Não quero tomar banho!" - E foge da casa de banho. Mas foge mesmo, a correr. Já sem paciência para birras, vou buscá-la ao quarto e trago-a ao colo. Pelo caminho berra como se a estivessem a esfolar viva:
"-AAAAIIIIIIIIIIIIIIII! AAAAAIIIIIIII! NÂÂÂÂOOOOOO!"
Já a ver-me acusada pelos vizinhos de maltratar os meus filhos, começo a despi-la:
"Eu não sou mais a tua amiga mas tu és a minha amigggaaaaaaaaa!" - Mesmo em situação de crise convém garantir o amor da mãe.
A birra continua com ar de apelo desesperado:
"-Paaaaaiiiiiiii, quero o meu Paaaaaaaiiiii!!!" - O Pai a essa hora estava sossegadinho nas aulas, não sonhando sequer o que se passava."-Ninguém gosta de mim, só o meu paaaapaaaaaaiiiiiii!!!"
Já na banheira, o drama comtinua:"-Não quero lavar a cabeçaaaaaa!" E ao sentir a água no cabelo, de novo o grito de quem é esfolado: "AAAAIIIIIII! AAAIII!"
Na primeira birra preocupei-me, pensei que estaria doente ou algo assim. Mas a minha política sempre foi, quem faz birras nunca ganha, e ultimamente tenho tendência para as ignorar. Assim sendo, terminado o banho a birra desaparece, como por magia.
Ao jantar, com os ânimos mais calmos, perguntei a razão para tamanha birra, de alguém que até gosta de tomar banho. Parece que o dito banho interrompeu um episódio da Do-re-mi. Assim, tenho a declarar que a minha filha não é só uma Bruxa que faz aparecer e desaparecer birras por magia, ela é esta Bruxa:
quarta-feira, abril 06, 2005
Estou cansada
E ainda hoje é quarta-feira...
Hoje apetecia-me viajar. Só com o JP (sim, sem filhos, sou uma mãe desnaturada).
Queria ir para qualquer lado onde pudesse, pelo menos durante um ou dois dias, desligar-me dos problemas e namorar.
Queria comer comidas diferentes, que fizessem de cada dentada uma nova aventura.
Queria ver vistas novas, diferentes na luz e no colorido.
Queria cheirar um local diferente, nada de ar fresco ou pinho, nenhuma dessas piroseiras bucólicas. Ar excitante, com o cheiro das bolhinhas do champanhe.
Queria andar por ruas desconhecidas, sem saber onde até ao último momento, aquele em que é preciso regressar.
E depois queria voltar, carregada de saudades e presentes estranhos, para os beijinhos frescos dos meus filhotes e deliciar-me com as exclamações de espanto e as gargalhadas cristalinas.
Hoje apetecia-me viajar. Só com o JP (sim, sem filhos, sou uma mãe desnaturada).
Queria ir para qualquer lado onde pudesse, pelo menos durante um ou dois dias, desligar-me dos problemas e namorar.
Queria comer comidas diferentes, que fizessem de cada dentada uma nova aventura.
Queria ver vistas novas, diferentes na luz e no colorido.
Queria cheirar um local diferente, nada de ar fresco ou pinho, nenhuma dessas piroseiras bucólicas. Ar excitante, com o cheiro das bolhinhas do champanhe.
Queria andar por ruas desconhecidas, sem saber onde até ao último momento, aquele em que é preciso regressar.
E depois queria voltar, carregada de saudades e presentes estranhos, para os beijinhos frescos dos meus filhotes e deliciar-me com as exclamações de espanto e as gargalhadas cristalinas.
terça-feira, abril 05, 2005
As fotos
Depois de muito pensar e discutir o assunto com o meu JP decidimos manter as fotos dos nossos pequeninos no Blog. Para além de querer mostrar ao mundo que os meus filhos são os mais lindos, não me parece muito útil esconder-lhes a face sem os ensinar a protegerem-se.
Acima de tudo, o importante é tornar o ambiente em que vivem o mais seguro que conseguirmos, ensiná-los a pensar por eles mesmos, responsabilizá-los pelas suas acções e dar-lhes a maior autonomia possível. Tentamos também passar-lhes a ideia de que os monstros existem, estão é disfarçados de humanos.
Apesar de estar consciente do mal que grassa no mundo, penso que não surgiu agora e que as hipóteses do monstro ser o vizinho do lado, o tio afastado ou o homem da padaria são bem mais assustadoras. Assim, mais do que proteger os meus filhotes sinto necessidade de os ensinar a protegerem-se.
As consequências desta nossa ideia surgem ao nível da autonomia: quase com nove anos, o João telefona-me duas vezes se fica uma hora sozinho em casa e recusa-se a ir sozinho ao ecoponto que fica no final da rua. Segundo ele tem medo de ser raptado.
Estamos a fazer um esforço diário para torná-lo mais autónomo, mas também estamos conscientes de que somos muito falíveis. Não pretendo ser a melhor mãe do mundo, mas tento ser a melhor mãe que consigo.
Acima de tudo, o importante é tornar o ambiente em que vivem o mais seguro que conseguirmos, ensiná-los a pensar por eles mesmos, responsabilizá-los pelas suas acções e dar-lhes a maior autonomia possível. Tentamos também passar-lhes a ideia de que os monstros existem, estão é disfarçados de humanos.
Apesar de estar consciente do mal que grassa no mundo, penso que não surgiu agora e que as hipóteses do monstro ser o vizinho do lado, o tio afastado ou o homem da padaria são bem mais assustadoras. Assim, mais do que proteger os meus filhotes sinto necessidade de os ensinar a protegerem-se.
As consequências desta nossa ideia surgem ao nível da autonomia: quase com nove anos, o João telefona-me duas vezes se fica uma hora sozinho em casa e recusa-se a ir sozinho ao ecoponto que fica no final da rua. Segundo ele tem medo de ser raptado.
Estamos a fazer um esforço diário para torná-lo mais autónomo, mas também estamos conscientes de que somos muito falíveis. Não pretendo ser a melhor mãe do mundo, mas tento ser a melhor mãe que consigo.
sexta-feira, abril 01, 2005
Gracinhas I
Os meus miúdos, tal como os outros, têm saídas muito giras.
Hoje a Sofia desfolhava, concentrada, um malmequer enquanto ia dizendo:
-Bem-mo-quer, Al-mo-quer, Bem-mo-quer, Al-mo-quer.
Uma cantilena árabe, de certeza.
Já o João ouviu atento as notícias do dia. Pelas 19 horas veio ter comigo e comunicou-me, com um ar sério:
-Estou a rezar para que o Papa reencarne e seja de novo padre!
Fiquei sem palavras...
Hoje a Sofia desfolhava, concentrada, um malmequer enquanto ia dizendo:
-Bem-mo-quer, Al-mo-quer, Bem-mo-quer, Al-mo-quer.
Uma cantilena árabe, de certeza.
Já o João ouviu atento as notícias do dia. Pelas 19 horas veio ter comigo e comunicou-me, com um ar sério:
-Estou a rezar para que o Papa reencarne e seja de novo padre!
Fiquei sem palavras...
Dodecaedro
quinta-feira, março 31, 2005
Sol
Cheguei à janela e reparei que estava um Sol radioso. Assim sendo vamos agarrar num lanche, em chapéus e na máquina fotográfica e vamos sair. Primeiro buscar um primo e depois até à Quinta Pedagógica.
É bom deixar finalmente este estado de hibernação!
É bom deixar finalmente este estado de hibernação!
quarta-feira, março 30, 2005
Primas
A Primavera deu hoje um ar de sua graça. Após este longo e penoso Inverno, o tempo aqueceu e está uma noite gloriosa. Daqui de onde me sento, vejo o cabide da entrada, ainda pejado de casacos de Inverno. Finalmente vou poder ver-me livre deles.
Os dias sucedem-se repletos de actividades fáceis e bem-dispostas.
Ok, excepto o funeral da tia Virgínia, na Segunda-feira, mas nunca fomos chegadas e a senhora já tinha 99 anos. Curiosa a vida desta senhora, passada ao redor dos sobrinhos... Vejo-me a redescobrir a família, especialmente as primas. Reencontro as minhas primas direitas, tão irmãs que eramos em pequenas e tão fácil que é retomar o contacto. Como é que nos resignámos a vermo-nos poucas vezes no ano? Não volta a acontecer.
Redescubro as outras primas, também sobrinhas da tia Virgínia, com quem nunca troquei mais do que cumprimentos de ocasião e que têm tão pouco em comum connosco que nem parecemos família.
Vi, esta semana, o que nos afastámos das raízes, quando todos os parentes perguntam à minha tia se sou filha dela. Nem me conhecem a mim, nem às minhas primas...
Não quero voltar, não me apetece ter raízes ali. Nunca gostei da mentalidade de pequena vila. Antes a pseudo-cidade, onde ninguém tem raízes. Aqui lutamos todos para criar uma comunidade nova. Provavelmente igual às outras, mas com menos preconceitos porque mais recente. Ou pelo menos assim espero...
Os dias sucedem-se repletos de actividades fáceis e bem-dispostas.
Ok, excepto o funeral da tia Virgínia, na Segunda-feira, mas nunca fomos chegadas e a senhora já tinha 99 anos. Curiosa a vida desta senhora, passada ao redor dos sobrinhos... Vejo-me a redescobrir a família, especialmente as primas. Reencontro as minhas primas direitas, tão irmãs que eramos em pequenas e tão fácil que é retomar o contacto. Como é que nos resignámos a vermo-nos poucas vezes no ano? Não volta a acontecer.
Redescubro as outras primas, também sobrinhas da tia Virgínia, com quem nunca troquei mais do que cumprimentos de ocasião e que têm tão pouco em comum connosco que nem parecemos família.
Vi, esta semana, o que nos afastámos das raízes, quando todos os parentes perguntam à minha tia se sou filha dela. Nem me conhecem a mim, nem às minhas primas...
Não quero voltar, não me apetece ter raízes ali. Nunca gostei da mentalidade de pequena vila. Antes a pseudo-cidade, onde ninguém tem raízes. Aqui lutamos todos para criar uma comunidade nova. Provavelmente igual às outras, mas com menos preconceitos porque mais recente. Ou pelo menos assim espero...
segunda-feira, março 28, 2005
Descanso
Depois do ritmo intenso da última semana, a inércia desejada de uma semana sem compromissos. Não que não tenha nada para fazer, mas vou resistindo... Entretanto ando toda babada com as informações escolares dos meus filhotes. O João respondeu com um "depende", que depois justificou muitissimo bem, a uma pergunta sobre ímans e a Sofia é considerada a menina melhor comportada da turma. Claro que em casa nunca funcionam neste registo. Mas pelo menos dá bom ar! Mereceram todos os ovos da Páscoa!
sexta-feira, março 18, 2005
Dia do Pai
É amanhã. E sei de antemão que vai ser um dia terrível. Desde sempre que o meu Pai levou um presente menos importante, era mais uma lembrança, uma afirmação de que o amavamos. O presente grande era para a minha mãe, que faz anos nesse dia. Amanhã só nos vai restar mesmo a lembrança.
Lembro-me que, quando tinha 11 anos, decidi oferecer a cada um deles um pudim feito por mim. Comprei duas embalagens de pudim Boca Doce na véspera e fui para casa da minha avó, ler e seguir as instruções. A minha avó, já com 80 anos, não sabia de todo ajudar-me e limitou-se a vigiar o que eu estava a fazer e a dar-me caixas de plástico para guardar os pudins. E, no dia 19, os meus pais receberam, ainda na cama, duas caixas de plástico cheias de uma massa viscosa, em nada semelhantes aos pudins reluzentes que a embalagem ostentava. Mesmo assim sorriram e agradeceram, e o meu pai chegou mesmo a arriscar umas colheradas.
Amanhã vamos estar todos juntos, pela primeira vez sem ele. Mas também sei que é impossivel estarmos juntos sem ele. Ele vai estar sempre lá, nem que seja nos nossos cromossomas. E nos nossos corações.
E faz-me falta acreditar!
E faz-me falta aquele abraço enorme e as conversas sobre política que davam sempre discussão.
Feliz dia, papá, wherever you are!
Avô Bigodes
Lembro-me que, quando tinha 11 anos, decidi oferecer a cada um deles um pudim feito por mim. Comprei duas embalagens de pudim Boca Doce na véspera e fui para casa da minha avó, ler e seguir as instruções. A minha avó, já com 80 anos, não sabia de todo ajudar-me e limitou-se a vigiar o que eu estava a fazer e a dar-me caixas de plástico para guardar os pudins. E, no dia 19, os meus pais receberam, ainda na cama, duas caixas de plástico cheias de uma massa viscosa, em nada semelhantes aos pudins reluzentes que a embalagem ostentava. Mesmo assim sorriram e agradeceram, e o meu pai chegou mesmo a arriscar umas colheradas.
Amanhã vamos estar todos juntos, pela primeira vez sem ele. Mas também sei que é impossivel estarmos juntos sem ele. Ele vai estar sempre lá, nem que seja nos nossos cromossomas. E nos nossos corações.
E faz-me falta acreditar!
E faz-me falta aquele abraço enorme e as conversas sobre política que davam sempre discussão.
Feliz dia, papá, wherever you are!
Avô Bigodes
quinta-feira, março 17, 2005
Partilhar
Partilhar é uma palavra importante no vocabulário dos meus filhos. Para o João é algo que faz naturalmente, desde que nasceu. Mesmo naquela altura em que as crianças são egocêntricas e o João ainda era filho único, partilhar fazia parte dos seus gestos. Se lhe davam um pacote de bolachas pensava logo a quem ia oferecê-las. Bastava ter duas unidades ou mais do que quer que fosse para pensar em partilhar. Ainda hoje, já quase com 9 anos é um menino super generoso.
A Sofia é diferente, muito centrada em si, ciumenta de afagos e afectos, também desde a mais tenra idade. Ao contrário do irmão, o acto de partilhar não lhe é natural. Tal como com o irmão não a forçamos a nada, mas mostramos-lhe, muitas vezes, que as outras pessoas gostam dela (nomeadamente o irmão). Assim, para a Sofia, quase com 4 anos, a partilha resulta de uma aprendizagem e, muito, de uma constante reflexão sobre a relação que tem com os outros. Foi uma surpresa agradável quando a educadora me contou que a Sofia, na escola, partilha tudo com os colegas e trouxe a palavra "partilhar" para o vocabulário dos meninos da sala das Pipocas.
Partilhar
Vem isto a propósito da atitude dos meus alunos perante a hipótese de partilhar. Para o trabalho da Páscoa pedi um pacote de amêndoas pequeno. Alguns trouxeram pacotes grandes, a maioria pacotes pequenos e dois meninos apenas algumas amêndoas. Um menino não trouxe nada. Como só amanhã acabamos o trabalho espero que ainda traga. Para o caso de não trazer, tentei guardar algumas amêndoas dos outros pacotes.
Assim, ao encher cada cestinho de cartolina deixava algumas amêndoas e perguntava: "Então e que fazemos com estas, levas para casa ou deixas cá para partilhar com os amigos?" Não referi este ou aquele amigo, sugeri que no fim juntassemos as amêndoas restantes e as comessemos. Ontem dois meninos preferiram levá-las para casa.
Esta atitude surpreendeu-me imenso, porque são dois bons alunos, sossegados e amigos de ajudar os outros. No entanto, não hesitaram em levar as amêndoas, ao que eu acedi, sem comentar. Hoje mais duas meninas quiseram levar as amêndoas e eu voltei a aceder sem comentar. Passado pouco tempo vieram devolvê-las: "Afinal, quero partilhar". No final do dia, sem grande alarido, os alunos de ontem vieram ter comigo, um de cada vez: "Eu amanhã vou trazer um pacote de amêndoas para partilhar, aquele já tinha poucas..."
Se assim for vou ter um dia doce, com 24 meninos a partilharem amêndoas...
A Sofia é diferente, muito centrada em si, ciumenta de afagos e afectos, também desde a mais tenra idade. Ao contrário do irmão, o acto de partilhar não lhe é natural. Tal como com o irmão não a forçamos a nada, mas mostramos-lhe, muitas vezes, que as outras pessoas gostam dela (nomeadamente o irmão). Assim, para a Sofia, quase com 4 anos, a partilha resulta de uma aprendizagem e, muito, de uma constante reflexão sobre a relação que tem com os outros. Foi uma surpresa agradável quando a educadora me contou que a Sofia, na escola, partilha tudo com os colegas e trouxe a palavra "partilhar" para o vocabulário dos meninos da sala das Pipocas.
Partilhar
Vem isto a propósito da atitude dos meus alunos perante a hipótese de partilhar. Para o trabalho da Páscoa pedi um pacote de amêndoas pequeno. Alguns trouxeram pacotes grandes, a maioria pacotes pequenos e dois meninos apenas algumas amêndoas. Um menino não trouxe nada. Como só amanhã acabamos o trabalho espero que ainda traga. Para o caso de não trazer, tentei guardar algumas amêndoas dos outros pacotes.
Assim, ao encher cada cestinho de cartolina deixava algumas amêndoas e perguntava: "Então e que fazemos com estas, levas para casa ou deixas cá para partilhar com os amigos?" Não referi este ou aquele amigo, sugeri que no fim juntassemos as amêndoas restantes e as comessemos. Ontem dois meninos preferiram levá-las para casa.
Esta atitude surpreendeu-me imenso, porque são dois bons alunos, sossegados e amigos de ajudar os outros. No entanto, não hesitaram em levar as amêndoas, ao que eu acedi, sem comentar. Hoje mais duas meninas quiseram levar as amêndoas e eu voltei a aceder sem comentar. Passado pouco tempo vieram devolvê-las: "Afinal, quero partilhar". No final do dia, sem grande alarido, os alunos de ontem vieram ter comigo, um de cada vez: "Eu amanhã vou trazer um pacote de amêndoas para partilhar, aquele já tinha poucas..."
Se assim for vou ter um dia doce, com 24 meninos a partilharem amêndoas...
terça-feira, março 15, 2005
Virada
A porcaria do vírus também me atingiu! Doi-me a cabeça e a garganta... Não fiquei tão mal como os meus filhotes, pelo menos não tenho febre. Sou só uma mãe doente a cuidar de dois filhos doentes. Ainda por cima não quero faltar ao trabalho porque acho que vou atrasada na matéria. Inverno cretino!
segunda-feira, março 14, 2005
Afinal...
...a meio da noite descobrimos a razão do dia cheio de birras: 39º de febre. Deve ser o vírus do irmão. E ela ainda não tem idade para ficar sozinha, nem que seja uma hora. Bolas!
domingo, março 13, 2005
Preguiça
Hoje queria não fazer nenhum, enrolar-me numa bolinha e esconder-me num casúlo. E ficar assim, sem me mexer, até que o Sol voltasse a brilhar...
sexta-feira, março 11, 2005
Desilusões
Hoje foi um dia cheio de pequenas desilusões. Nada grave, nada grandioso, mas desapontamentos daqueles pequenos e chatos, que nos fazem parecer mesquinhos se lhes dermos importância. E no entanto...
Estamos numa época de encruzilhadas e em 3 casos distintos o caminho não foi o que eu queria. Já que não posso mesmo fazer nada, aqui fica o meu protesto oficial: Não Quero!!!
Estamos numa época de encruzilhadas e em 3 casos distintos o caminho não foi o que eu queria. Já que não posso mesmo fazer nada, aqui fica o meu protesto oficial: Não Quero!!!
O meu filhote
O meu filho é um pequenino valente, que já fica sozinho em casa (só por uma hora). Hoje está doente e vim encontrá-lo cheio de febre. Estou com o coração partido por tê-lo deixado sozinho! Raio de vida, que nos dá tão poucas alternativas!
quinta-feira, março 10, 2005
Didi e Dudu
A Didi e o Dudu são dois amigos da minha filha que andam a atravessar uma fase muito chata. A Didi só tem feito asneiras, desde mexer no computador, a riscar o chão com canetas de acetato, a estragar bonecos, tem sido complicado.
Mas o mais complicado de tudo é castigá-los, uma vez que não consigo vê-los.
Tudo começou tinha a Sofia 1 ano e meio e íamos a atravessar uma rua. De repente desata a chorar porque a Didi tinha caído no meio da rua. Não descansou enquanto não voltámos atrás para apanharmos a Didi. Depois de algumas perguntas acabei por perceber que a Didi era um gato. Durante uns dias tivemos que andar com muito cuidado para não esborrachar a Didi. Depois deixámos de ouvir falar dela.
Meses mais tarde reapareceu acompanhada do Dudu. Eram adultos, brincavam com a Sofia e contavam-lhe histórias. De vez em quando desapareciam umas semanas e depois voltavam a aparecer. Tornaram-se cada vez mais companheiros.
Agora são meninos mais novos a quem ela ensina coisas. O Dudu é o mais simpático e "está quase a crescer". A Didi "ainda é bebé, só tem 2 anos" e é responsável por todas as asneiras da Sofia.
Já consegui fazê-la entender que os amigos invisíveis não têm força para fazer asneiras e que ela não se pode descartar daquilo que faz.
Agora, gostava de ter uma Didi para assumir os meus erros, lá isso gostava...
Mas o mais complicado de tudo é castigá-los, uma vez que não consigo vê-los.
Tudo começou tinha a Sofia 1 ano e meio e íamos a atravessar uma rua. De repente desata a chorar porque a Didi tinha caído no meio da rua. Não descansou enquanto não voltámos atrás para apanharmos a Didi. Depois de algumas perguntas acabei por perceber que a Didi era um gato. Durante uns dias tivemos que andar com muito cuidado para não esborrachar a Didi. Depois deixámos de ouvir falar dela.
Meses mais tarde reapareceu acompanhada do Dudu. Eram adultos, brincavam com a Sofia e contavam-lhe histórias. De vez em quando desapareciam umas semanas e depois voltavam a aparecer. Tornaram-se cada vez mais companheiros.
Agora são meninos mais novos a quem ela ensina coisas. O Dudu é o mais simpático e "está quase a crescer". A Didi "ainda é bebé, só tem 2 anos" e é responsável por todas as asneiras da Sofia.
Já consegui fazê-la entender que os amigos invisíveis não têm força para fazer asneiras e que ela não se pode descartar daquilo que faz.
Agora, gostava de ter uma Didi para assumir os meus erros, lá isso gostava...
quarta-feira, março 09, 2005
Mudando de assunto
O tom deste blog está demasiado deprimente e portanto vou proceder de imediato a uma mudança de assunto.
Falemos, pois, do tempo: Alguém sabe onde raios anda a Primavera?
Falemos, pois, do tempo: Alguém sabe onde raios anda a Primavera?
terça-feira, março 08, 2005
Cinderela
Faz hoje exactamente 11 anos que beijei pela primeira vez o meu príncipe encantado. Eu até acreditava em magia, mas não em príncipes.
segunda-feira, março 07, 2005
Temporal
São dias de vendaval, estes que correm. Não se pode andar ao mar e não se está bem em terra... As saudades sufocam-me e entristecem-me, apesar do alívio que representa o fim do sofrimento físico.
A rotina instala-se, estupidamente, como se fosse possível a vida continuar igual. Os gestos são os mesmos, os ritos também, mas nunca mais nada será como antes.
Como se não bastasse tudo o mais, estou em baixo de finanças. Arroz, que também tem dois rr's!
A rotina instala-se, estupidamente, como se fosse possível a vida continuar igual. Os gestos são os mesmos, os ritos também, mas nunca mais nada será como antes.
Como se não bastasse tudo o mais, estou em baixo de finanças. Arroz, que também tem dois rr's!
quarta-feira, março 02, 2005
terça-feira, março 01, 2005
Razões II
Não quero escrever porque sinto que não tenho absolutamente nada de interessante para dizer.
Já está, saiu cá para fora! Esta é a principal razão que me leva a não querer escrever e que me tem estado atravessada no teclado desde que comecei isto.
Ora, já que já expliquei porque não, vou explicar porque sim: por causa do Pedro! É verdade, às vezes apetece-me comentar no blog do Pedro e aquilo fica anónimo se eu não tiver um blog meu. E agora que o criei não consigo parar, por mais que tente. Também não ajuda esta situação de morte eminente: posso não ter nada de interessante a dizer, mas tenho emoções que não param.
Pronto, já admiti tudo, só resta admitir que vou cuidar deste blog, por causa do Filipe, que o descobriu, da maneira mais simples, perguntando.
Curioso, ver mais um dos meus segredos desvendado pelo Filipe!
Já está, saiu cá para fora! Esta é a principal razão que me leva a não querer escrever e que me tem estado atravessada no teclado desde que comecei isto.
Ora, já que já expliquei porque não, vou explicar porque sim: por causa do Pedro! É verdade, às vezes apetece-me comentar no blog do Pedro e aquilo fica anónimo se eu não tiver um blog meu. E agora que o criei não consigo parar, por mais que tente. Também não ajuda esta situação de morte eminente: posso não ter nada de interessante a dizer, mas tenho emoções que não param.
Pronto, já admiti tudo, só resta admitir que vou cuidar deste blog, por causa do Filipe, que o descobriu, da maneira mais simples, perguntando.
Curioso, ver mais um dos meus segredos desvendado pelo Filipe!
sexta-feira, fevereiro 25, 2005
Agudos
Adoro fazer acentos agudos, embora não sejam práticos para nos sentarmos, tenho que admitir. No entanto são giros de escrever. Há gostos assim, inexplicáveis. Tenho uma lista de gostos estranhos, que cultivo sem razão nenhuma.
Prefiro números pares e positivos, ph ácido, protões, direita (a não ser na política), Sudoeste, quente e círculos. Também gosto de dizer Zimbabwe, Arare, israelo-árabe e depauperado.
Isto explica a razão de ter sido convidada para assessora. Deve explicar. Afinal um executivo ilógico tem que ter uma assessora ilógica. Recusei porque também gosto de lógica.
Prefiro números pares e positivos, ph ácido, protões, direita (a não ser na política), Sudoeste, quente e círculos. Também gosto de dizer Zimbabwe, Arare, israelo-árabe e depauperado.
Isto explica a razão de ter sido convidada para assessora. Deve explicar. Afinal um executivo ilógico tem que ter uma assessora ilógica. Recusei porque também gosto de lógica.
segunda-feira, fevereiro 21, 2005
A Morte
Eu sei que o título deste post é um bocado forte, mas sinto-me assim hoje. É óbvio que a morte é algo que ninguém quer, nem deveria falar disto aqui, soa-me a pleonasmo.
Só que aquilo que parece óbvio nem sempre é verdade. Não é justo alguém estar a morrer aos poucos há um ror de tempo. Não é justo que alguém, muito activo, esteja preso a uma cama sem conseguir falar e cheio de dores. Não é justo que outro alguém esteja preso a essa cama, para que nada falte ao muribundo. Não é justo que uma família inteira sofra de forma continuada. É como se todos morressemos um pouco todos os dias.
Pois. Eu sei que a vida não é justa. Sei-o há muito tempo. A Natureza está-se borrifando para a Justiça. Basta olhar para os fofos coelhinhos que nunca fizeram mal e ninguém e são constantemente comidos. Claro que a Natureza não lhes liga nenhuma! Que outra coisa sería de esperar de uma abstracção?
E depois há Deus... Às vezes há Deus... Nestas alturas nunca parece muito, não é? É complicado ver o Deus católico a borrifar-se em tanto sofrimento. Deus misericordioso, certo? O tanas. E quando tentamos outro Deus a coisa não melhora muito. Ele sabe o que se passa? Nesse caso é um sádico que se diverte com tanto sofrimento? Ou não faz ideia e nesse caso para que serve a existência de um Deus?
Na volta tem a ver com Karma e estamos a pagar por termos feito mal noutras encarnações... Ainda é a opção que me parece mais lógica, no meio disto tudo. Afinal o mundo está cheio de gente má e é justo que paguem pelo mal que fazem. Olha a Justiça outra vez! Ando lixada com esta tipa!
Um dia ainda vou parar de procurar Deus no meio da lógica. Não sei quando...
Um dia ainda vou acreditar em qualquer coisa! Tem é que ser plausível...
Só que aquilo que parece óbvio nem sempre é verdade. Não é justo alguém estar a morrer aos poucos há um ror de tempo. Não é justo que alguém, muito activo, esteja preso a uma cama sem conseguir falar e cheio de dores. Não é justo que outro alguém esteja preso a essa cama, para que nada falte ao muribundo. Não é justo que uma família inteira sofra de forma continuada. É como se todos morressemos um pouco todos os dias.
Pois. Eu sei que a vida não é justa. Sei-o há muito tempo. A Natureza está-se borrifando para a Justiça. Basta olhar para os fofos coelhinhos que nunca fizeram mal e ninguém e são constantemente comidos. Claro que a Natureza não lhes liga nenhuma! Que outra coisa sería de esperar de uma abstracção?
E depois há Deus... Às vezes há Deus... Nestas alturas nunca parece muito, não é? É complicado ver o Deus católico a borrifar-se em tanto sofrimento. Deus misericordioso, certo? O tanas. E quando tentamos outro Deus a coisa não melhora muito. Ele sabe o que se passa? Nesse caso é um sádico que se diverte com tanto sofrimento? Ou não faz ideia e nesse caso para que serve a existência de um Deus?
Na volta tem a ver com Karma e estamos a pagar por termos feito mal noutras encarnações... Ainda é a opção que me parece mais lógica, no meio disto tudo. Afinal o mundo está cheio de gente má e é justo que paguem pelo mal que fazem. Olha a Justiça outra vez! Ando lixada com esta tipa!
Um dia ainda vou parar de procurar Deus no meio da lógica. Não sei quando...
Um dia ainda vou acreditar em qualquer coisa! Tem é que ser plausível...
segunda-feira, fevereiro 14, 2005
O Universo
Afinal parece que não estou sozinha com o teclado quando aqui escrevo. Essa é, talvez, a parte mais gira deste exercício fútil. É fútil mas inevitável. Continuo sem vontade, mas há algo que me empurra para aqui.
É uma escrita curiosa, pensada e repensada, privada e pública. Escrevo com medo e com vontade de ser descoberta. Mais uma vez sou arrastada pela corrente das contradições.
É como esta morte inevitável que temo e desejo. O acordar diário a pensar se já terá acontecido, temendo que sim e receando que não. Anseio a simplicidade!
É uma escrita curiosa, pensada e repensada, privada e pública. Escrevo com medo e com vontade de ser descoberta. Mais uma vez sou arrastada pela corrente das contradições.
É como esta morte inevitável que temo e desejo. O acordar diário a pensar se já terá acontecido, temendo que sim e receando que não. Anseio a simplicidade!
segunda-feira, fevereiro 07, 2005
Frio
Não quero este frio! Gela-me a alma e deixa-me incapaz de fazer o que quer que seja. Sinto-me como um réptil, incapaz de, sozinha, manter o calor do meu corpo constante.
Um amigo dizia-me que o frio é psicológico. Claro que que é! Mas seja problema endógeno, seja ambiental, a verdade é que não consigo sequer pensar.
Voltanto às importantíssimas pressões da minha vontade, serve isto tudo para dizer que quero hibernar. Estou mesmo decidida a fazer um casulo ou algo semelhante e voltar à vida activa apenas na Primavera. Ou num outro primo qualquer, desde que masculino e bem fornecido de tecido muscular. Afinal, o exercício aquece.
Um amigo dizia-me que o frio é psicológico. Claro que que é! Mas seja problema endógeno, seja ambiental, a verdade é que não consigo sequer pensar.
Voltanto às importantíssimas pressões da minha vontade, serve isto tudo para dizer que quero hibernar. Estou mesmo decidida a fazer um casulo ou algo semelhante e voltar à vida activa apenas na Primavera. Ou num outro primo qualquer, desde que masculino e bem fornecido de tecido muscular. Afinal, o exercício aquece.
quarta-feira, janeiro 26, 2005
Bebé
Agora vem aí um bebé secreto. Aquele bebé que não convinha a ninguém, que não vai dar jeito nenhum. Mas ainda bem que vem, porque os bebés são sempre benvindos. Sei que a dor vai toda embora, vai-se desvanecer com o tempo e, quando já não doer, só vai sobrar o bebé. Eu estarei, como sempre, do teu lado. E, como sempre, o teu bebé será um bocadinho meu...
quarta-feira, janeiro 19, 2005
As Horas
Das 24 passamos sempre 8 juntos. As 8 horas em que dormes... E os fins de semana que são sempre demasiado curtos e demasiado cheios. E querer ou não é um exercício sem sentido.
terça-feira, janeiro 18, 2005
segunda-feira, janeiro 17, 2005
Cultura
Hoje, mais do que culta, sou cultura. Mais uma vez não quero, e luto com todas as forças do meu organismo para deixar de o ser. O meu corpo aquece no frenezim da luta e contrai-se em espasmos de dor. Nada adianta, os malditos vírus não me largam. Sinto-me uma autêntica caixa de Petri.
segunda-feira, janeiro 10, 2005
Companhia
Hoje não queria estar sozinha. Isto é verdade quase todos os dias. Desejo que chegues cedo, que me abraces e que faças o mundo desaparecer. Desejo muito, desejo diariamente.
Às vezes chegas cedo, mas só isso não chega para tornar o meu desejo real.
Às vezes chegas cedo, mas só isso não chega para tornar o meu desejo real.
quarta-feira, janeiro 05, 2005
Razões I
Há uns dias que ando a pensar em publicar as razões porque não quero. Mas isso implica escrever... E eu continuo a não querer. Já ir ao cinema...
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