quarta-feira, novembro 30, 2005

Net na Escola

Hoje, após dois meses e meio de intensos pedidos, colocaram net na minha sala. Agora não consigo parar de pensar em coisas pra fazer com aquilo. Vai ser um final de período interessante.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Ai, os homens do cinema.

Ontem vi isto. Ok, acaba mal. É verdade, tem criancinhas a sofrer, que me dá cabo da alma. Mas depois tem este homem. Ainda bem que eu não conheço. Não haveria desodorizante que resistisse.

sexta-feira, novembro 25, 2005

Sem Norte, sem Sul, sem sentido...

Fico completamente desorientada quando tenho os meus filhos doentes. Especialmente quando não sei o que têm. Esta doença da Sofia tem sido particularmente complicada, com ela a ser observada por médicos que se revelam sucessivamente mais incompetentes. Não quer dizer que não tenham acertado no diagnóstico, provavelmente até acertaram, mas aborrece-me a forma como a observam e como não me dizem as coisas.
Na Quarta-feira enchi, depois de um senhor ter conseguido a proeza de observar a Sofia sem lhe tocar, dizendo-me depois que o melhor era reduzir a dose do antibiótico e parar mesmo de lho dar dois dias antes do fim.
Telefonei à pediatra da Sofia que acedeu em vê-la ontem, fez-lhe logo análises e reviu a medicação. Parece que estava tudo a ser bem feito, mas o bicho deve ser resistente ao raio do antibiótico. Agora parece estar tudo sob controlo.
O que me fez repensar a questão dos médicos. É complicado termos o médico de confiança, sempre à disposição, sem um custo exorbitante. A nossa opção tem sido ter a pediatra às 3ª feiras no consultório e sempre disponível no telemóvel. É razoavel por 3,99 €, que é o que pagamos através da ADSE. Acresce que tenho total confiança nela. Claro que esta opção deixa os restantes seis dias da semana a descoberto e nem tudo pode ser resolvido via telemóvel. Para estes dias tenho um seguro de saúde que me envia o médico a casa durante a noite. Claro que são clínicos gerais, está bom para uma gripe ou isso, mas para algo mais complicado torna-se dificil. Aí dá para ir ao Hospital Distrital da Sede de Concelho, através da linha Saúde 24, mas só quando o Centro de Saúde Cá do Sítio está fechado. Foi o que fizemos no Domingo. Nem foi mau, foi rápido e foi aí que nos passaram o bem dito antibiótico que ninguém ia adivinhar já ter resistências no bicho.
Na Quarta não tivemos tanta sorte e a Saúde 24 enviou-nos mesmo para o Centro de Saúde Cá do Sítio. Mas a Sofia tinha de ser vista e eu fui até lá. Felizmente a Pediatra dela é tão querida que acedeu a vê-la ontem, no local onde estava a trabalhar e onde não é suposto ver crianças da idade da Sofia. Provavelmente até pode arranjar problemas por isso, espero que não. É por isto que vou manter o mesmo esquema. Não é 100%, mas não me ocorre nada melhor. Se calhar arranjar um seguro de saúde que me permita ir à CUF Descobertas. Não estou a ver outra hipótese. Se tiverem ideias, digam-me.

segunda-feira, novembro 21, 2005

Cefaleias

A Sofia continua doente. Eu fico sempre desnorteada quando tenho os meus filhotes doentes, com incertezas em relação aos diagnósticos, aos medicamentos, aos médicos... Na verdade nem me apetece escrever mais.

sábado, novembro 19, 2005

Sexta-feira

Deveria ter sido um excelente dia. Com a greve programada, estava prontinha para ter um dia descontraído e até pensei ir à manifestação. Mas o destino conspirava contra mim.
Começou logo de manhã, com o boato de que a televisão ia à escola. Como boa delegada sindical, eu teria que estar lá, toca de correr para o cabeleireiro, para ter um aspecto menos horripilante do que aquilo que é costume. Correr para a cidade do lado para ir buscar uma colega que também fazia greve e correr para a escola da Sofia, para que ela chegasse a horas.
Depois fui para a escola, descobrir que havia 5 pessoas que se tinham baldado à greve. 4 dessas pessoas, colegas no topo da carreira, a quem, se calhar, não faria tanta diferença a quebra no rendimento e que já estão a sentir na pele as medidas da ministra. Masoquistas.
A televisão não apareceu e lá sigo eu para a nova nutricionista, de novo para a cidade do lado. Ao chegar à referida cidade, o meu carro (novinho) apitou de repente, acendeu ume luzinha no tabelier e assinalou anomalia Anti-poluição no computador de bordo.
Segui-se uma tarde de caos completo, com o meu carro a ficar de molho numa oficina com "problemas" na bomba de injecção, os meus filhotes a faltarem à natação e eu a faltar à manifestação.
Acabei por ir buscar a Sofia à escola no táxi que era suposto levar-me à empresa de aluguer de carros, que ficava, como é óbvio, no Aeroporto. Portanto eu, a minha mãe e a Sofia acabámos por enfrentar a 2ª Circular, numa sexta-feira chuvosa, às 17.30 da tarde, juntamente com um taxista açoreano que opinava entusiasticamente sobre futebol e corrupção. "Não pode haver pior!" pensei eu, enquanto via o tempo a escorregar por entre as filas de carros. Mais uma vez o destino conspirava contra mim.
A Sofia, que saiu da escola a palrar sobre o que ia fazer na natação, calou-se, de repente, quando lhe disse que não ia haver natação e fez todo o caminho calada e imóvel, até ao Aeroporto.
No regresso, enfiadas num Toyota Corolla que se veio a revelar acanhado e mesquinho de espaço, a Sofia começou a queixar-se de dores de cabeça e de vontade de vomitar. Valeu-me a minha mãe, que se mudou para o banco de trás e tirou um saco de plástico da manga, evitando a limpeza a seco dos estofos do carro de aluguer. A Sofia vomitou todo o caminho de regresso a casa, chegou com 37,2º de febre e ficou a dormir em cima da cama, sem pijama nem nada, enquanto eu ia buscar o João e comprar jantar. A minha mãe tapou-a com uma mantinha e ficou com ela.
Cheguei às 20.30h, com o jantar ainda por fazer, para descobrir que não tinhamos posto a Sofia a fazer xixi e o edredão estava encharcado, ao mesmo tempo que o telefone não parava de tocar, com a noticia da nomeação do novo executivo do Agrupamento (finalmente).
Hoje o dia amanheceu frio e chuvoso, a Sofia não tem febre nem vómitos, mas ainda se queixa de dores de cabeça, o edredon está na máquina e eu tento convecer-me que o meu carrinho novo está avariado e que ontem não foi dia 13.

quarta-feira, novembro 16, 2005

O João Bonzão

O meu filhote faz parte de uma nova geração de crianças que faz coisas nunca antes vistas, como "clicar" em todos os botões (nunca carrega, nem pressiona) e fazer "save" às páginas dos livros em vez de as marcar. É a geração dos meninos que sabe tudo e já viu tudo e, no entanto, é tremendamente sensivel.



Hoje, como sempre, ficou dentro do carro enquanto eu ia buscar a irmã à escola. Quando saí, passados 5 minutos, estava aflítissimo. Contou-me, com um ar muito infeliz, que, depois de eu ter entrado na escola, tinha de lá saído uma mãe com um filho "mais pequeno do que a Sofia. Ele estava a chorar imenso e quando chegou ao carro a mãe beteu-lhe muito, muito, muito."
Eu tinha visto a criança dentro da escola, a fazer uma birra tremenda porque queria acabar de ver um video e não se queria ir embora, enquanto que a mãe, com um ar visivelmente cansado e o irmão de 1 mês ao colo, o tentava arrastar dali para fora. Tentei explicar isto ao João, que a mãe devia estar cansada, que o menino estava a fazer uma birra sem razão e qua a mãe lhe devia ter batido por isto. Não devia ser novidade para ele. Eu defendo que uma palmada na hora certa resolve muita coisa e o João já levou várias.
Nessa altura o João começou a chorar. "Tu não viste mãe, não foi só uma palmada, foram mais de uma dúzia e depois agarrou nele e abanou-o."
Fiquei sem saber o que dizer. Perplexa com a enormidade da violência para com uma criança tão pequena e a sensibilidade do meu filhote, que chorava por aquele menino, que não conhecia de lado nenhum. Acabei por sair do carro, ir até ao lugar dele e abraça-lo até acalmar.
Não dei mais nenhuma explicação ao João. Não há explicações para isto. Garanti-lhe que o amava muito. Fiquei preocupada com aquela família e muito preocupada com o meu filho, com um coração demasiado grande para o mundo real.

segunda-feira, novembro 14, 2005

Correu Bem

Veio toda feliz, a dizer que todos lhe tinham pedido os óculos emprestados. Mas o que mais me marcou foi a frase dela no carro:

- Mãe, a final o Mundo é enorme! Vejo tudo, até lá ao fundo!

E é assim que uns óculos vermelhos aumentam o tamanho do Universo.

domingo, novembro 13, 2005

Ver com ajuda

Comprei os meus primeiros óculos com 5 anos. Muito cedo. Usei óculos quase toda a minha vida. Nesta altura estou mais do que habituada. De tal maneira que da unica vez que experimentei lentes de contacto tive que ir a correr comprar uns óculos de sol sem graduação. Não conseguia andar na rua sem óculos. Sentia-me desprotegida.
Quando fui mãe fartei-me de testar a visão dos meus filhos. O João via aparentemente bem. Aos 6 anos descobrimos que não era bem assim. Tem hipermetropia, mas é uma coisa minima e é muito provavel que passe com o crescimento. Nem conseguimos que use os óculos que lhe comprámos, está sempre a deixá-los por tudo quanto é sitio. A verdade é que não precisa deles.
Com a Sofia a situação é bem diferente. Muito cedo percebi que não via bem. Tinha dificuldade em identificar as pessoas ao longe e via televisão sempre muito próximo. Quando ela tinha dois anos falei com um amigo oftalmologistaque me recomendou que esperasse. Diz ele que quanto mais tarde mais exacto é o diagnóstico e desde que não parecesse prejudicar o quotidiano... O mês passado a educadora queixou-se de que a Sofia trabalhava sempre com o nariz em cima do monitor do computador e a cara em cima dos desenhos.
Para resumir, que isto já vai longo, os óculos chegaram ontem. É hipermetropia e astigmatismo e numa quantidade significativa. Para já, seguem-se 3 meses sem tirar os óculos. Ou como diz a Sofia, tira-se para a natação, para tomar banho e para dormir.



Amanhã estreia-se com os óculos na escola. Um ano mais cedo do que o que me aconteceu a mim. Está feliz da vida, a achar-se uma princesa. Espero que os outros também a achem. Espero que já não existam caixas-de-óculos no mundo.

quarta-feira, novembro 09, 2005

Desnetada

Pois estou mais ou menos sem net. O pc principal está a arranjar e no portátil é tudo muito pouco prático a começar pelo bendito e-mail, do qual nem sequer sei a password. Suponho que o JP saberá, mas com o recomeço das aulas em força vejo-o cerca de 20 minutos por dia. O Inverno está a chegar demasiado depressa.

terça-feira, novembro 01, 2005

Bonecas Russas

Ontem fui ver este filme e adorei. saí do cinema muito bem dispostas e contente com a minha sorte. A pensar que há mais gente que vê o mundo como eu. E que ainda se conseguem fazer comédias sem sabor a parvo.