segunda-feira, julho 30, 2007

De férias com a DREL

Estava eu aqui, em terras espanholas, a relaxar numa de água do mar caliente, fabulosa piscina e deliciosa comida, quando recebo uma mensagem inquietante: os concursos foram antecipados para 1 a 7 de Agosto. "Regresso a 4." - pensei -"Ainda vou a tempo." Ora eu vim de férias equipada com pc mas sem ideias de aceder à Internet fora de Portugal. Daqui vou para o Algarve e lá pensava aceder à página da DREL e perceber, talvez, se concorro ou não. Portanto, trouxe pc e tralha de concursos, sem saber bem se vou utilizar. Ao cair da noite uma chamada, desta vez de uma colega absolutamente confusa. Disse-lhe que não sabia de nada e que dia 4 logo investigaria. Antes de sair para jantar outra mensagem, desta vez do sindicato a alertar para a antecipação dos concursos e a dizer-me para consultar a página da DREL. Convenceram-me. Acabei de jantar e perguntei pelo acesso à Internet mais próximo. Aqui estou, a gozar o resto do euro que paguei por uma hora de net, depois de ter descoberto que a página da net não informa de coisa nenhuma. Terei de gastar uns quantos euros em telefonemas, quando regressar, para tentar descobrir se concorro. No meio disto tudo penso: E se em vez de uma semana eu cá estivesse quinze dias? E se não tivesse trazido o telefone? E se estivesse no alto de uma montanha sem net? Se um professor não pode tirar férias em Agosto, quando é que pode? Ou só poderemos tirar férias com a ministra?

sexta-feira, julho 27, 2007

Parece que vamos

Bom Verão!

Dia sim, dia não

O dia começou muito bem. Um céu azul fantástico, sem uma nuvem, um ar de Verão indiscutível a prometer calor. A manhã desenrolou-se de forma fantástica, com notícias óptimas, acabei todas as minhas tarefas, fiz tudo o que queria, despedi-me do pessoal e ainda vendi a cópia extra do Harry Potter.
A seguir ao almoço as coisas começam a complicar-se, o tempo passa sem que nada aconteça, o calor aumenta e começa a abafar, as notícias que vão chegando são inquietantes, desagradáveis, incómodas. A Sofia ainda não chegou e não chega antes das 18.30h. A Internet vai e vem de forma intermitente. Há um telefonema que me arrepia toda e começo a questionar as minhas opções. Faltam 13 horas para a hora em que tínhamos marcado sair de casa e não sei se vou. As malas estão abertas em cima da cama, por acabar, os sapatos espalhados pelo chão, os pensamentos voam caóticos por todo o lado. Tenho medo. Tenho tanto medo.

Johnny

Para te animar.

Porque a família não é só aquela em que se nasce, mas também aquela que se escolhe.

quarta-feira, julho 25, 2007

Anne of Green Gables

Afinal não houve crise. Não ficou roxo.











Talvez mais ruivo que o habitual. Mas o psicólogo já foi ouvido a dizer que gostava de me ver ruiva, portanto correu bem. Ainda não estou muito confortável com a história da coloração permanente, mas nada a fazer.

terça-feira, julho 24, 2007

Imagem

Parece impossível como por vezes uma cadeia de acontecimentos trágicos pode ser desencadeada com uma frase tão simples como:


"Enviei-te um mail para o naoqueroescrever@gmail.com".


Até agora nada de anormal. Vou ver. O texto diz: "Eu sei que não querias, mas acho que a foto apanhou bem o momento!". Olho horrorizada para a foto que acompanha o texto. Shit! É o pensamento que de imediato me invade o cérebro e que passo a transmitir à minha interlocutora via MSN.


Abro a foto. Não quero acreditar. "Andas com problemas de auto-imagem" tem-me dito o psicólogo cá de casa. Não fui eu que tirei a foto. É uma hetero-imagem. Também ando com problemas de hetero-imagem. Graves. Olho melhor. O cabelo está esquisito, não se vêem os caracóis, mas está com uma cor estranha. Está desbotado.



Deve ser de o pintar, de vez em quando, com aqueles produtos que vão saindo. Parece que sempre vai ficando alguma coisa. Ou então é do Sol. Vou até à casa-de-banho. Tenho um desses produtos debaixo do lavatório há quase três meses. Comprei-o, mas não me tem apetecido usá-lo. Foi uma compra impulsiva, noutra dessas crises de auto-imagem. Ou nesta, na volta é uma crise longa. A caixa é verde, acho que nunca usei esta marca. Acabo por comprar sempre a mesma cor, um castanho igual ao meu, mas com uns reflexos avermelhados. Vou preparando o produto e reparo que a cor do creme é diferente do habitual. Branco sujo. Costuma ser mais escura, beje e depois vai escurecendo até ficar laranja muito escuro. Agito o frasco.
Olho-me ao espelho. Não gosto da imagem. Começo a aplicar o creme, que vai escurecendo. Parece estar a ficar rosa. Gosto desta cor, faz lembrar gelado de morango. Não é bem rosa, é mais lilás, como as senhoras de idade costumavam por no cabelo quando eu era pequena. Continua a escurecer. Purple é a palavra que me vem à mente. Penso na palavra portuguesa para esta cor. Beringela. Como o cabelo da minha colega C.. Reparei ontem que o pintou de Beringela. Lembro-me de ter pensado claramente: "Aí está uma cor com que nunca pintaria o cabelo..." Paro de pintar. Nunca. Um enorme fatalismo abate-se sobre mim.
Procuro frenética o nome da cor: "Acajou avermelhado." Que raios quer isto dizer? Costumo comprar pela cor da foto, não pelo nome. Não há-de ser nada. Olho-me ao espelho. Roxo é agora a cor. É só lavar muito. Normalmente sai em 8 a 10 lavagens. Procuro na caixa o número exacto. Não encontro. Diz apenas "coloração permanente". Sinto um calafrio. Resta-me esperar meia hora. É o que faço enquanto escrevo isto.
Penso na cara do psicólogo quando chegar a casa. "Andas com problemas de auto-imagem." Isso e caracóis roxos.

segunda-feira, julho 23, 2007

Aguadulce

Sábado de manhã, pela fresquinha.


Estranho, estranho

É quando temos mais vontade de comentar do que de escrever.

sexta-feira, julho 20, 2007

Harry

Hoje. Sem saber muito bem porquê, uma vez que não o vou conseguir ler antes de terça.

quinta-feira, julho 19, 2007

Caracóis na cabeça

O meu cabelo nunca foi exactamente liso. Era o chamado cabelo com jeitos. Mas não tinha caracóis. Nunca teve caracóis. O ano passado começou a ficar progressivamente mais despenteado. Era horrível, por mais voltas que desse à escova, não havia forma de organizar o cabelo. No final de Janeiro fui cortá-lo, já desesperada. De ordem à cabeleireira para cortar bastante, para ver se eu depois o conseguia arrumar sozinha. No final do dia o cabelo, já cortado, começa a encolher e no dia seguinte acordo cheia de caracóis. Caracóis mesmo, ondinhas, reviravoltas e, em alguns sítios mais longos, verdadeiros canudos.




Não me importei, não fiquei chateada, nem particularmente feliz. Fiquei surpreendida. Afinal nem sequer conheço o meu próprio cabelo. E assim se tem mantido, com caracóis, a crescer sem descer. Ultimamente, no entanto, tenho andado a sentir-me estranha, mais lenta do que o habitual. Ao principio pensei que fosse o excesso de trabalho: 10 horas por dia de reuniões esgotantes, burocracia a acumular-se, falta de sono e saudades dos miúdos não pode ser saudável. Mas esta manhã olhei-me ao espelho e descobri a resposta, bem no fundo dos meus olhos. Os caracóis entraram-me na cabeça. Tenho o cérebro a encaracolar. Preciso de férias!

domingo, julho 15, 2007

Ser Invejosa

Nestas lides blogueiras fui recentemente posta perante uma definição de diccionário da palavra Inveja. Ora eu, que me tenho por relativamente esperta, já há uns tempos que tinha percebido que nem toda a gente partilhava o meu conceito de inveja. A verdade é que quando aprendemos a falar não o fazemos com um diccionário atrás e o significado que damos aos termos depende do contexto em que são usados, do que nos explicam e das nossas próprias experiências. Acontece que eu sou uma optimista nata e tenho a mania de julgar o melhor das pessoas. Ainda hoje a ideia de desejar mal a alguém é, para mim, inconcebível.
Sempre usei a palavra inveja como sinónimo de querer algo que outro tem. Não com raiva ou cobiça. Muitas vezes até como sinónimo de alegria pela felicidade dos outros, a pensar "Que bom! Também quero". Um exemplo disso aconteceu aqui, aqui e aqui. Quero um bebé mas não fiquei nada triste pelas minhas amigas estarem grávidas, antes pelo contrário. Queria ter estado grávida com elas, para podermos curtir o estado juntas. Não pode ser, mas curti na mesma, adoro ser tia.
Por outro lado não sou muito dada a superstições e embora já tenha percebido que há muita gente com medo da palavra inveja, continuei a usá-la porque não tinha outra. Agora percebi que o uso indiscriminado da referida palavra pode levar a sentimentos de desconfiança e medo. Portanto resolvi parar de a usar, sendo que agora a minha dúvida é: que palavra uso para este sentimento? O que é digo para dar vazão a este sentimento de "Estou feliz por ti, quero o mesmo"?

sexta-feira, julho 13, 2007

I Got the Blues II

Horóscopo para hoje

Take the long way home. In fact, just give home a miss today. • Sure, you're tough. Yikes! • Baked goods are in abundance. • There's no one else like you, thank God.

Calimero

C'est vraiment trop injuste.

terça-feira, julho 10, 2007

segunda-feira, julho 09, 2007

Elora Allmighty

I Know Everything. E se toda a gente fizesse o que eu digo tudo correria melhor. E seríamos todos mais felizes. E também acredito no Pai Natal!

domingo, julho 08, 2007

Artes e Artistas

Conversa estranha (estilo Bagaço):
Eu - Ainda bem que te encontro. Tenho uma cena para te cravar, mas é um pincel muita grande...
Ela (muito séria) - Isso vai ser difícil, cá no departamento só temos pincéis pequenos.
Eu - Não, não é um pincel que eu quero, a tarefa é que é um pincel. Temos estas plantas em folhas muito grandes e temos que reduzi-las para tamanho A4 ou algo assim do género.
Ela - Ah! Nesse caso fala com a E. e o J., que eles têm mais jeito para isso do que eu.
Eu - Ok. Só te pedi a ti porque me disseram que a tua área é arquitectura.
Ela - Mas não é para pintar os vasos das plantas? Eles são melhores nisso do que eu. Não era para isso que querias o pincel?
Eu - ...

Silêncio

A casa está deserta. Foi um filho para cada avó. É bom para eles e para elas. Permite-lhes ter praia enquanto os pais trabalham e estreitar laços. Permite-lhes contactar realidades diferentes. A nós, permite-nos ter espaço para a relação e sossego.
E agora o que é que eu faço com tanto silêncio e com buracos dentro de mim?

sexta-feira, julho 06, 2007

O Príncipe e o Sapo

A nossa infância está repleta de histórias em que se beijam sapos e estes se transformam em príncipes. Em lado nenhum nos dizem o que fazer se, ao beijarmos o Príncipe, ele se transformar num sapo. Daqueles verdes, grandes e asquerosos.

quinta-feira, julho 05, 2007

Prémios

Recebi esta semana dois prémios fantásticos:





Oferecido por esta menina.

E este:








Oferecido por esta menina.


A ambas agradeço a honra, que considero não merecer e peço desculpa por não passar adiante, mas uma e outra já contemplaram as pessoas em quem eu pensei e para além disso ando cheia de trabalho. Obrigada na mesma!

segunda-feira, julho 02, 2007

Cate II

Hoje queria ser a Cate. Outra vez. Tem a ver com querer ser furacão.




Mais nada.

domingo, julho 01, 2007

Os desastres de Sofia

Os dentes incisivos superiores estavam a abanar ligeiramente. Nada de especial, ainda iam demorar tempo a cair. Depois veio a amiga S., que lhe deu com um livros pesado na boca e o incisivo direito ficou a abanar muito. "Viste com a S. é minha amiga, mãe? Já está quase a cair!"
Ontem ficaram em casa da avó, à tarde, enquanto eu e o pai comprávamos um presente. No fim da tarde chega o telefonema, na primeira pessoa: "Tropecei e caíram-me os dois dentes, mãe. Agora vou levá-los para casa para a fada dos dentes vir buscar."
Não me disse que saiu de casa da avó sem autorização. Não me disse que rebolou monte abaixo. Não me disse que levava vestida uma camisa da avó que lhe dava pelos pés. Não me disse que arranhou o nariz e o braço e os joelhos. Há que focar apenas o que importa: dois dentes, duas moedas.