segunda-feira, janeiro 30, 2006
Raios
Hoje era suposto ser um dia atarefado, com muitos afazeres e uma reunião. Afinal fiquei de molho em casa com vómitos e diarreia. E como se não bastasse a máquina de lavar roupa avariou. Bolas!
sábado, janeiro 28, 2006
Mãe Solteira
Há cerca de 2 anos e meio que sou mãe solteira. Lembro-me que nos primeiros tempos horrorizavam-me as compras, o ter que descarregar o carro e levar tudo para cima sozinha. Os miúdos, num instante, começaram a ajudar a levar os sacos mais leves e comecei a comprar quantidades pequenas. Como não precisava de esperar por companhia podia sempre ir mais vezes às compras. Lembro-me das birras da Sofia nos primeiros meses, enormes, por tudo e por nada, como se a estivessemos a maltratar. Depois, com o tempo a rotina do "sem o pai" instalou-se. No entanto ainda me custa adormecer sem companhia e tenho que me conter para não disputar a atenção do pai com os miúdos. Mas odeio a situação.
Era fácil dizer que admiro as mães que criam os filhos sozinhas, mas não admiro nada. É chato. Não é difícil, faz-se. Mas é muito desagradável não poder compartilhar as gracinhas e as descobertas, as notas e os castigos. E é chato ter que pegar no telefone para desabafar em vez de esperar pelo fim do dia e contar tudo olhos nos olhos.
Eu sei que tenho sorte, que é uma situação transitória, que temos os Domingos e as férias escolares. Mesmo assim, odeio a situação. A única coisa que torna tudo mais fácil de suportar são os dez minutos diários, às 6.45 da manhã, em que saio do duche e volto a enfiar-me na cama, para aquecer e criar coragem. É sempre o melhor momento do dia.
Era fácil dizer que admiro as mães que criam os filhos sozinhas, mas não admiro nada. É chato. Não é difícil, faz-se. Mas é muito desagradável não poder compartilhar as gracinhas e as descobertas, as notas e os castigos. E é chato ter que pegar no telefone para desabafar em vez de esperar pelo fim do dia e contar tudo olhos nos olhos.
Eu sei que tenho sorte, que é uma situação transitória, que temos os Domingos e as férias escolares. Mesmo assim, odeio a situação. A única coisa que torna tudo mais fácil de suportar são os dez minutos diários, às 6.45 da manhã, em que saio do duche e volto a enfiar-me na cama, para aquecer e criar coragem. É sempre o melhor momento do dia.
quinta-feira, janeiro 26, 2006
Pré revolução
O meu sindicato resolveu fazer um plenário. Eu resolvi ir. Depois descobri que afinal liberdade sindical não é para todos. Tenho que começar a repensar as minhas opções profissionais. Ou será a minha nacionalidade?
segunda-feira, janeiro 23, 2006
sexta-feira, janeiro 20, 2006
Cinema
Adoro cinema. Desde a primeira vez, com 5 anos, em que me maravilhei com o tamanho daquela televisão, que fiquei viciada. No entanto, de há uns anos para cá, não tenho conseguido matar a fome ao vício.
Quando comecei a namorar com o JP achei que me tinha saído a Sorte Grande. Afinal com um namorado que trabalhava numa empresa ligada ao cinema, de certeza que haveria bilhetes para dar e vender. Sendo ele a minha alma gémea não me passou pela cabeça que não gostasse de cinema. Pouco tempo depois percebi que a vida nunca é assim tão simples. Claro que ele gostava de filmes. Mas se via cada filme 25 vezes antes de estrear, perdia a piada ir ao cinema. Para agravar a questão, aos poucos, ver filmes deixou de lhe parecer boa ideia para os tempos livres.
Apercebi-me, então, que detestava ir ao cinema sozinha. Mais do que ver um filme, gosto do ritual, de sair de casa, de comprar o bilhete, de beber um café a correr porque o filme está quase a começar, de comprar (sim, eu admito, sou dessas) um enorme balde de pipocas, metade doce, metade salgado, para devorar durante a sessão.
Portanto, ao fim de um ano de casada, tenho bilhetes para dar e vender mas não tenho companhia. Nesta altura a paixão sôfrega que nos assolou durante os primeiros tempos de casados começa a dar lugar a um amor calmo e confiante e começo a ponderar ir ao cinema sem ele. É então que fico grávida, o que me destrói irremediavelmente como cinéfila. Um simples anúncio publicitário reduz-me a lágrimas. Está fora de questão ver filmes que envolvam criancinhas. E pensando bem, qualquer ser humano pode ser o meu filho. Seguem-se quatro anos de comédias românticas e filmes leves "ad nauseum". Não vi o Titanic. Não vi o 6º sentido.
Findos os quatro anos a minha sensibilidade começou a melhorar e deixei os berreiros por tudo e por nada. Ainda pensei nisto antes de aumentar a família mas não me pareceu uma razão suficientemente forte para não o fazer. Vá-se lá saber porquê. E voltamos à Meg Ryan em grande estilo.
Passados 4 anos e uns meses, venho por este meio declarar-me pronta a redescobrir a minha paixão. Afinal vi o Sin City sem pesadelos. Portanto, da próxima vez que se sentirem incomodados com o ruído das pipocas ao vosso lado no cinema, olhem bem, que posso ser eu. Se o balde for dos grandes, sou de certeza. Isto se arranjar companhia e pontos de baby-sitter.
Quando comecei a namorar com o JP achei que me tinha saído a Sorte Grande. Afinal com um namorado que trabalhava numa empresa ligada ao cinema, de certeza que haveria bilhetes para dar e vender. Sendo ele a minha alma gémea não me passou pela cabeça que não gostasse de cinema. Pouco tempo depois percebi que a vida nunca é assim tão simples. Claro que ele gostava de filmes. Mas se via cada filme 25 vezes antes de estrear, perdia a piada ir ao cinema. Para agravar a questão, aos poucos, ver filmes deixou de lhe parecer boa ideia para os tempos livres.
Apercebi-me, então, que detestava ir ao cinema sozinha. Mais do que ver um filme, gosto do ritual, de sair de casa, de comprar o bilhete, de beber um café a correr porque o filme está quase a começar, de comprar (sim, eu admito, sou dessas) um enorme balde de pipocas, metade doce, metade salgado, para devorar durante a sessão.
Portanto, ao fim de um ano de casada, tenho bilhetes para dar e vender mas não tenho companhia. Nesta altura a paixão sôfrega que nos assolou durante os primeiros tempos de casados começa a dar lugar a um amor calmo e confiante e começo a ponderar ir ao cinema sem ele. É então que fico grávida, o que me destrói irremediavelmente como cinéfila. Um simples anúncio publicitário reduz-me a lágrimas. Está fora de questão ver filmes que envolvam criancinhas. E pensando bem, qualquer ser humano pode ser o meu filho. Seguem-se quatro anos de comédias românticas e filmes leves "ad nauseum". Não vi o Titanic. Não vi o 6º sentido.
Findos os quatro anos a minha sensibilidade começou a melhorar e deixei os berreiros por tudo e por nada. Ainda pensei nisto antes de aumentar a família mas não me pareceu uma razão suficientemente forte para não o fazer. Vá-se lá saber porquê. E voltamos à Meg Ryan em grande estilo.
Passados 4 anos e uns meses, venho por este meio declarar-me pronta a redescobrir a minha paixão. Afinal vi o Sin City sem pesadelos. Portanto, da próxima vez que se sentirem incomodados com o ruído das pipocas ao vosso lado no cinema, olhem bem, que posso ser eu. Se o balde for dos grandes, sou de certeza. Isto se arranjar companhia e pontos de baby-sitter.
terça-feira, janeiro 17, 2006
Dúvidas Existênciais
A Sofia anda cheia de dúvidas (palavra dela):
-Quem fica com as casas das pessoas que morrem?
-Os mortos-vivos andam de olhos fechados?
Já eu gostava de saber onde é que ela vai buscar estas taras...
-Quem fica com as casas das pessoas que morrem?
-Os mortos-vivos andam de olhos fechados?
Já eu gostava de saber onde é que ela vai buscar estas taras...
segunda-feira, janeiro 16, 2006
segunda-feira, janeiro 09, 2006
Notícias
Hoje de manhã estavam 0ºC e havia uma camada de gelo no meu para-brisas.
Parece que vou passar menos duas horas por semana na escola.
Vou ver os óscares em directo este ano. Pena é não ser ao vivo.
Baaaa!
Parece que vou passar menos duas horas por semana na escola.
Vou ver os óscares em directo este ano. Pena é não ser ao vivo.
Baaaa!
sábado, janeiro 07, 2006
Fim de Semana
Foi uma semana longa e banal. O que me vale são as gracinhas dos meus filhotes, a irromperem o cinzento, arrancando-me sorrisos e aquecendo-me o coração.
segunda-feira, janeiro 02, 2006
Resoluções de Ano Novo
A vontade de começar algo de novo em 2006 é grande. No entanto 2005 deixou-me mal resolvida, portanto, antes de mais, há que resolver-me. Por outro lado as resoluções de Ano Novo tornam concretos objectivos mais facilmente fracassados do que se não passarem de vagas ideias ou vontades. O Ano Novo poderia começar já agoirado. Outra das coisas que me desagradam nestas resoluções, é a prisão que as metas estabelecidas logo no início representam. Sei que os meus sonhos são voláteis e vão-se modificando ao sabor das minhas próprias mudanças de personalidade, à medida que vou crescendo, amadurecendo, ou, de facto, envelhecendo. Gosto de ser livre para mudar de ideias.
Agora que divago sobre isto apercebo-me de que nunca estabeleci resoluções de Ano Novo no passado. Limitei-me sempre a desejar um Ano melhor que o anterior, sem explicitar nunca o que iria fazer para que isso acontecesse. Excepto 1994, quando desejei que o Novo Ano fosse igual ao anterior. Não foi. Nada na vida é igual. O que, este Ano, é uma espécie de conforto.
Assim, para 2006 resolvo resolver-me, ou pelo menos, fazer algo por isso.
Agora que divago sobre isto apercebo-me de que nunca estabeleci resoluções de Ano Novo no passado. Limitei-me sempre a desejar um Ano melhor que o anterior, sem explicitar nunca o que iria fazer para que isso acontecesse. Excepto 1994, quando desejei que o Novo Ano fosse igual ao anterior. Não foi. Nada na vida é igual. O que, este Ano, é uma espécie de conforto.
Assim, para 2006 resolvo resolver-me, ou pelo menos, fazer algo por isso.
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