Desisti mas continuei a observar a pessoa ao longe, com a fascinação doentia de quem segue o percurso de um ciclone à medida que vai fazendo estragos e semeando o caos. A sentir-me horrorizada mas sem deixar de olhar. A semana passada cansei-me. Percebi que me fazia mal e que me deixava doente. Percebi que me inundava de ódio e fazia de mim uma pessoa pior. Tal como defendo o direito de todos a escreverem exactamente aquilo que querem, defendo também o meu direito de ler apenas o que me apetece.
A semana passada, pela primeira vez, retirei blogs da minha lista, num esforço consciente para eliminar alguém da minha vida. Se a árvore cair no meio da floresta e ninguém vir, cairá a árvore realmente? Se fecharmos os olhos e fizermos muita força, será que conseguimos que a realidade mude? Valerá alguma coisa uma afirmação de desinteresse? No fundo sei que deixar de olhar não muda o horror, mas tenho esperança que impeça o contágio.
4 comentários:
Com tanta gente no mundo, há certamente quem não nos suporta e qum nos adora...
Amemos quem nos adora e deixe-se um largo espaço do conforto para os outros - há sempre possibilidade de o galgar, se a realidade mudar.
Pois.
Na verdade gostava de conseguir o mesmo. Na verdade, ainda não sei o que vou fazer. Também fiquei como tu. Assim como tu tb gostei por interpostas pessoas e, curiosamente, vou lá por interpostos blogs e nunca esteve na minha lista. Só porque sim, por enquanto vou espreitando. Há comprimidos para aquilo, mas quando nem sequer se aceita que se está doente wentão não há nada a fazer. Adoro-te bués de muito!!! :-) beijocas larocas com amizade
Com a vantagem de estar completamente por fora da situação, da história e dos seus intervenientes só te digo uma coisa minha querida: há pessoas tóxicas, que envenenam mesmo à distância. Tens razão quando dizes que deixar de olhar não muda o horror, mas ajuda à abstracção da realidade em questão e da pessoa em si.
Espero que a tua atitude te ajude a evitar o contágio que falas...
Beijo meu*
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