quarta-feira, maio 31, 2006
terça-feira, maio 30, 2006
Notícias da Pipoca
A Pipoca está assim:
Ok, não é exactamente assim... Eu admito, não tem o esqueleto revestido de metal, são só dois ossos. E também não tem metal por fora, tem por dentro. E agora que falamos disso, não é adamantium, é titânio. Ok, eu confesso, foi só uma desculpa para pôr aqui uma foto do Huguinho.
E assim, enquanto espera impassível a chegada de Oberon ou que o gelo derreta, o que quer que aconteça primeiro, a Pipoca vai escrevendo novos feitiços, para combater o tédio e entreter a alma. Ou será que está só a passar os apontamentos da escola?
De qualquer modo, é a minha heroína!
Ok, não é exactamente assim... Eu admito, não tem o esqueleto revestido de metal, são só dois ossos. E também não tem metal por fora, tem por dentro. E agora que falamos disso, não é adamantium, é titânio. Ok, eu confesso, foi só uma desculpa para pôr aqui uma foto do Huguinho.
A verdade é que a Pipoca está melhor, a recuperar a grande velocidade da operação em que lhe colocaram fios de titânio dentro da tíbia e do perónio. Claro que, como toda a gente sabe, a operação de titânio provoca nas meninas de 11 anos uma imediata transformação em Titânia, a rainha das fadas. Assim, sua majestade acorda diariamente com o poder de fazer sorrir toda a gente e uma boa disposição inigualável. Isto apesar da terrível camada de gelo espesso e branco que lhe envolve a perna esquerda e a prende à cama.
E assim, enquanto espera impassível a chegada de Oberon ou que o gelo derreta, o que quer que aconteça primeiro, a Pipoca vai escrevendo novos feitiços, para combater o tédio e entreter a alma. Ou será que está só a passar os apontamentos da escola?
De qualquer modo, é a minha heroína!
sábado, maio 27, 2006
quinta-feira, maio 25, 2006
Andei o dia todo a achar...
que me faltava qualquer coisa. Graças à Sandra já sei o que era:
Imaginem se a Terra acabasse hoje???
Imaginem se a Terra acabasse hoje???
Assistir
do Lat. assistere
v. int.,
estar presente;
habitar;
socorrer;
amparar;
proteger;
v. tr. e int.,
fazer companhia;
prestar socorros materiais ou espirituais.
Estou com dificuldades nisto. Não chego para as necessidades. Hoje dei prioridade à operação da Pipoca, que correu bem apesar do pós-operatório doloroso e acidentado. Para trás ficaram coisas a mais: marido, filhos, sogra, amigos, trabalho e eu. Foi bem priorizado. Mas queria ser aquele mutante que faz cópias de si mesmo, na telenovela que vi ontem.
v. int.,
estar presente;
habitar;
socorrer;
amparar;
proteger;
v. tr. e int.,
fazer companhia;
prestar socorros materiais ou espirituais.
Estou com dificuldades nisto. Não chego para as necessidades. Hoje dei prioridade à operação da Pipoca, que correu bem apesar do pós-operatório doloroso e acidentado. Para trás ficaram coisas a mais: marido, filhos, sogra, amigos, trabalho e eu. Foi bem priorizado. Mas queria ser aquele mutante que faz cópias de si mesmo, na telenovela que vi ontem.
terça-feira, maio 23, 2006
D. Lurdes ou A Fonte da Eterna Juventude
Quando era pequenina tomavam conta de mim. Era tão bom: a roupa aparecia magicamente nas gavetas, a comida na mesa, a loiça no armário. Havia sempre toalhas limpas nos toalheiros, as camas era feitas de lavado todas as semanas e o pó desaparecia de cima das mobílias. À medida que fui crescendo, começou a haver uma certa pressão para que eu participasse nestes rituais que permitiam que a magia acontecesse. Começou a ser-me pedido que lavasse a loiça, que fizesse a cama, que arrumasse o quarto...
Foi mais ou menos nesta altura que fui viver com os meus avós, o que permitiu ter quem tomasse conta de mim durante mais alguns anos. É verdade que tinha que fazer a minha cama de manhã e que pôr a mesa, mas a minha avó tomava muito bem conta de mim e a roupa continuava a aparecer nas gavetas, a comida na mesa e por aí fora. Não me passava pela cabeça ser de outra forma, "tomar conta" era a vida dela e nunca lhe poderia roubar isso. Dava-lhe um prazer enorme fazer a minha comida preferida e ter a casa sempre a brilhar.
Claro que isto não poderia durar para sempre e acabei por ter que crescer. Felizmente ainda tenho avó, infelizmente, aos 92 anos, ela nem dela própria toma conta. Aliás, há mais de dez anos que tem quem tome conta dela.
O facto é que, de repente, a magia acabou. A roupa começou a aparecer em montes. Se eu me esforçava para remediar a situação, o número de montes aumentava: de um monte de roupa suja passava a um monte de roupa suja, outro de roupa estendida, outro de roupa por passar e mais um de roupa por arrumar. Gavetas vazias. A cama passou a arejar diariamente de manhã à noite. O pó começou a marcar a posição exacta dos objectos nos móveis: se fosse roubada saberia exactamente o que faltava.
Eventualmente percebi que a minha casa era um sistema que tendia irremediavelmente para o caos. Entropia pura. Ora toda a gente sabe que é perigoso criar criancinhas indefesas no meio do caos. Depois de alguns anos de muito stress e roupa amontoada, a tentar controlar o caos enquanto o nosso filhote crescia, decidimos levar o nosso orçamento ao limite e arranjar quem tomasse conta de nós.
Agora a magia voltou: a roupa está de novo nas gavetas, a sopa aparece feita na panela, posso ser roubada que não dou pela falta dos objectos, as camas estão feitas quando chego a casa. Não tenho roupas caras, não faço viagens, não tenho uma casa bem decorada, mas tenho uma D. Lurdes!
Ah, tudo isto para contar que me voltei a sentir uma criança outra vez. Hoje, cheguei a casa e descobri que a D. Lurdes tinha arranjado o último brinquedo que estraguei: aparou o pêlo da minha cadela.
Foi mais ou menos nesta altura que fui viver com os meus avós, o que permitiu ter quem tomasse conta de mim durante mais alguns anos. É verdade que tinha que fazer a minha cama de manhã e que pôr a mesa, mas a minha avó tomava muito bem conta de mim e a roupa continuava a aparecer nas gavetas, a comida na mesa e por aí fora. Não me passava pela cabeça ser de outra forma, "tomar conta" era a vida dela e nunca lhe poderia roubar isso. Dava-lhe um prazer enorme fazer a minha comida preferida e ter a casa sempre a brilhar.
Claro que isto não poderia durar para sempre e acabei por ter que crescer. Felizmente ainda tenho avó, infelizmente, aos 92 anos, ela nem dela própria toma conta. Aliás, há mais de dez anos que tem quem tome conta dela.
O facto é que, de repente, a magia acabou. A roupa começou a aparecer em montes. Se eu me esforçava para remediar a situação, o número de montes aumentava: de um monte de roupa suja passava a um monte de roupa suja, outro de roupa estendida, outro de roupa por passar e mais um de roupa por arrumar. Gavetas vazias. A cama passou a arejar diariamente de manhã à noite. O pó começou a marcar a posição exacta dos objectos nos móveis: se fosse roubada saberia exactamente o que faltava.
Eventualmente percebi que a minha casa era um sistema que tendia irremediavelmente para o caos. Entropia pura. Ora toda a gente sabe que é perigoso criar criancinhas indefesas no meio do caos. Depois de alguns anos de muito stress e roupa amontoada, a tentar controlar o caos enquanto o nosso filhote crescia, decidimos levar o nosso orçamento ao limite e arranjar quem tomasse conta de nós.
Agora a magia voltou: a roupa está de novo nas gavetas, a sopa aparece feita na panela, posso ser roubada que não dou pela falta dos objectos, as camas estão feitas quando chego a casa. Não tenho roupas caras, não faço viagens, não tenho uma casa bem decorada, mas tenho uma D. Lurdes!
Ah, tudo isto para contar que me voltei a sentir uma criança outra vez. Hoje, cheguei a casa e descobri que a D. Lurdes tinha arranjado o último brinquedo que estraguei: aparou o pêlo da minha cadela.
sexta-feira, maio 19, 2006
Toma, toma!
Quem é que vai à ante-estreia do X-men III na próxima Quarta-feira, quem é?
E já tenho companhia e tudo!
Mas não sou totalmente má, tomem lá um bocadinho.
terça-feira, maio 16, 2006
Chafurdar no código
Criei um endereço de e-mail para o Blog. Tenho intenção de ler os mails regularmente. O ideal seria clicar no endereço para irem directo para o vosso editor de mail. Seria...
A verdade é que não pesco nada do código do template, logo colocar o endereço ali já foi uma aventura. Também queria pôr em cinzento clarinho, mas não sei como é que se escreve. Portanto ficamos assim.
A verdade é que não pesco nada do código do template, logo colocar o endereço ali já foi uma aventura. Também queria pôr em cinzento clarinho, mas não sei como é que se escreve. Portanto ficamos assim.
P.S. Graças à Angel, já está tudo como eu queria. Obrigada!
segunda-feira, maio 15, 2006
Redoma
Desde que eles nascem que temos esta necessidade básica de os proteger. Não há pior pensamento do que a ideia que algo lhes pode acontecer.
Há onze anos e meio tive o privilégio de assistir ao nascimento de uma menina linda, que passou directamente das mãos da equipa médica para os meus braços e me inundou o coração. Lembro-me de como aquele corpinho se encaixava tão bem em mim e de pensar como 3.920 kg podiam pesar tanto. Depois percebi que era o peso da emoção, quando, 6 anos mais tarde, a minha filha também nasceu com o mesmo peso. Na altura, não achava possível amar mais uma criança, sentir mais do que aquilo que eu sentia pela minha primeira sobrinha.
Voltei a pensar que não era possível amar mais este Sábado, quando a bicicleta em que a minha Pipoca andava foi atropelada por um carro. Cheguei a dizer à enfermeira que também era mãe dela: "sou a mãe gorda, a outra é a mãe magra."
A minha Pipoca vai ficar bem, nenhum dos danos é permanente. Daqui a uns meses os ossos vão-se fundir, daqui a umas semanas os inchaços, os hematomas e as luxações vão desaparecer, daqui a uns dias o olho vai voltar a abrir e tudo vai passar. Só vai ficar para sempre esta sensação de que foi por muito, muito pouco e de que nunca a vou conseguir proteger o suficiente.
sábado, maio 13, 2006
quinta-feira, maio 11, 2006
Zangas
Hoje discuti com todos os elementos da minha de família, antes de sair de casa. Só não discuti com a cadela, mas essa não me fala desde que lhe assassinei o pêlo.
quarta-feira, maio 10, 2006
Sebastião
Habitualmente sinto que não tenho sentimentos profundos a escrever. Agora que ando ultra-preocupada só me apetece escrever banalidades.
Assim cabe-me informar-vos que o Sebastião é um homem mudado. Embora continue a ser um labrego e a comer sem colher, no fim dá beijinhos na mulher, o que é bem melhor do que aquilo que lhe fazia quando eu era pequena. E devem ser beijinhos bons para, ao fim destes anos todos, a mulher ainda aturar a bandalhice à mesa.
Assim cabe-me informar-vos que o Sebastião é um homem mudado. Embora continue a ser um labrego e a comer sem colher, no fim dá beijinhos na mulher, o que é bem melhor do que aquilo que lhe fazia quando eu era pequena. E devem ser beijinhos bons para, ao fim destes anos todos, a mulher ainda aturar a bandalhice à mesa.
segunda-feira, maio 08, 2006
Despromoção
Em protesto pela despromoção do meu clube vou mandar pintar o céu em tons de azul-Belenenses. Todos os dias por volta das 20.00h, a leste!
sexta-feira, maio 05, 2006
Fechar a porta
Hoje estou cheia de inveja daquelas profissões em que se chega ao fim do dia, se fecha a porta e não se traz trabalho para casa. Talvez seja por ser final de dia, final de semana e quase final de período. Talvez seja porque foi uma semana cansativa num ano cansativo e apetecia-me chegar a casa, fechar a porta e não pensar mais no assunto até Segunda-feira.
A verdade é que não consigo, nenhum professor digno desse nome consegue. E não é uma questão de organização. No meio do caos que, regra geral, rege a minha vida, tenho tudo da escola em ordem. As planificações diárias estão feitas, até ao final do ano. Os materiais estão organizados, as estratégias estão pensadas. E repensadas...
Mas não dá para fechar a porta, a cabeça está sempre lá. Há sempre "este ou aquele aluno que nos preocupa", "razões para certos comportamentos" e "o que mais podemos fazer para este aluno aprender"... E também: "onde raios estou eu a falhar?"
Esta última é a minha principal obsessão, aquela que me acorda a meio da noite e que acaba por me encher o cérebro enquanto se desenrola o quotidiano. É que não tenho dúvidas que falho, porque a turma, cheia de meninos espertos e vivos não está como devia. Ou como eu acho que devia.
No meio disto tudo falta-me a minha amiga A., mestre, colega e parceira dos momentos turbulentos. Nos anos em que trabalhei com ela as dúvidas encontravam resposta ou pelo menos eco e sentia que não lutava sozinha. Talvez um dia voltemos a trabalhar juntas...
Para já vou tentar fechar a porta um bocadinho, para ver se a minha cabeça descansa e se Segunda volto mais fresca.
A verdade é que não consigo, nenhum professor digno desse nome consegue. E não é uma questão de organização. No meio do caos que, regra geral, rege a minha vida, tenho tudo da escola em ordem. As planificações diárias estão feitas, até ao final do ano. Os materiais estão organizados, as estratégias estão pensadas. E repensadas...
Mas não dá para fechar a porta, a cabeça está sempre lá. Há sempre "este ou aquele aluno que nos preocupa", "razões para certos comportamentos" e "o que mais podemos fazer para este aluno aprender"... E também: "onde raios estou eu a falhar?"
Esta última é a minha principal obsessão, aquela que me acorda a meio da noite e que acaba por me encher o cérebro enquanto se desenrola o quotidiano. É que não tenho dúvidas que falho, porque a turma, cheia de meninos espertos e vivos não está como devia. Ou como eu acho que devia.
No meio disto tudo falta-me a minha amiga A., mestre, colega e parceira dos momentos turbulentos. Nos anos em que trabalhei com ela as dúvidas encontravam resposta ou pelo menos eco e sentia que não lutava sozinha. Talvez um dia voltemos a trabalhar juntas...
Para já vou tentar fechar a porta um bocadinho, para ver se a minha cabeça descansa e se Segunda volto mais fresca.
quarta-feira, maio 03, 2006
O melhor momento do dia
É de manhã quando saio do banho e me volto a enfiar na cama, para aquecer e criar coragem. São dez minutos de conversa, meio ensonada, meio acordada, em que fazemos planos e revemos o dia anterior. O único tempo do dia em que estamos realmente juntos, antes das crianças e dos pequenos-almoços. O momento em que ignoramos o relógio e esticamos as unidades de tempo o mais possivel. Mas nunca é suficiente e o tempo acaba por vencer. Os minutos ganham aceleração e passam a correr até sairmos de casa. Depois arrastam-se até te voltar a ver... Bolas, tenho tantas saudades tuas!
segunda-feira, maio 01, 2006
Baby Girl
Faz hoje 5 anos que a minha filhota saiu disparada para o mundo, 3.920 Kg de gente em busca de novas aventuras e, claro, do domínio do planeta. Desde esse dia que a minha vida se transformou numa permanente descoberta de novos aspectos numa personalidade forte e indomável. Hoje tenho todas as razões e mais algumas para festejar!
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